Ativistas que plantaram diversas árvores em área às margens da ferrovia, na Avenida das Indústrias e Avenida Sampaio Vidal, estão temerosos. Isso porque a Rumo Logística, que administra o ramal ferroviário, demarcou as árvores ornamentais, como ipês e frutíferas, com plaquinhas tipo inventário.
"Estamos preocupados, porque o plantio de árvores é um trabalho de ambientalistas e voluntários que vem ocorrendo há longos anos. Essa marcação da Rumo pode ser o anúncio do sepultamento das árvores", disse o professor Gustavo Perez, que encaminhou ao JORNAL DO POVO fotos das árvores marcadas.
Os trens deixaram de circular por Marília em 2001. A última viagens de trem foi em março daquele ano. Desde então, o ramal urbano está desativado e com aspectos de abandono. A Rumo Logística, desde 2017, anuncia investimentos no setor e a reativação. Mas nada sai do papel.
Prevendo cortes das árvores, os ambientalistas se movimentam no sentido de exigir da Rumo a garantia de compensação nesses casos, ou seja, que sejam plantadas pela concessionária árvores de reposição semelhantes em outras áreas.
Em Nota via email, a assessoria da Rumo informou que está "realizando um inventário florestal no ramal Bauru-Panorama, incluindo Marília" e que "os trabalhos incluem cortes e podas de árvores que possam colocar em risco a população e a circulação ferroviária".
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