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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Liberação de rodeios e retirada de livros que tratam de opção sexual agitam a Câmara


Galette quer liberação de rodeios e Rezende proibição de livros em escolas

A sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (29) deverá estar bastante movimentada, com assuntos polêmicos, como liberação de rodeios em Marília e rejeição a livros com temas que envolvem identidade de gênero, opção sexual e religião afro-brasileiras. Além, dos protestos de aposentados e pensionistas do Ipremm pela retirada do "Vale Alimentação" (R$ 250,00) da categoria, cujo projeto de lei nesse sentido ainda não entrou na pauta do Legislativo.

RODEIOS

O polêmico projeto de lei, de autoria do vereador Evandro Galette, será votado na sessão camarária de hoje. O assunto vem provocando grandes discussões e embates entre entidades favoráveis e contra a proposta, há cerca de um mês, quando iniciou o trâmite do projeto no Legislativo. Galete diz que oito vereadores já declararam voto pela aprovação do projeto e cinco contra. "Se Deus quiser esse projeto vai ser votado e acaba logo isso", disse o vereador ao JP, referindo-se às polêmicas. A expectativa é que as galerias da Câmara fiquem novamente lotadas. O presidente da SAM (Sociedade Agropecuária de Marília), Maurício Maldonado Gonzaga, gravou um vídeo nas redes sociais convocando "a galera" para comparecer à sessão e incentivar a aprovação da proposta. "Finalizando e podendo ter de volta os rodeios em nossa cidade", diz ele na gravação. A liberação dos rodeios em todo o Brasil (através de uma PEC - Proposta de Emenda à Constituição) já foi aprovada pela Câmara Federal no mês passado.

RETIRADA DE LIVROS

Um requerimento do vereador Marcos Rezende (PSD), já provoca reações de entidades e movimentos sociais da cidade, que convocaram membros para estar nas galerias da Câmara, hoje.

A proposta do vereador pede a retirada de livros das escolas municipais e estaduais que.tratam sobre as religiões afro-brasileiras e identidade de gênero.

Rezende justifica que o Ministério da Educação já aboliu esses livros e que esses conteúdos vão contra os valores das famílias. As entidades alegam preconceito,

"É inadmissível que "se aprove" medidas como essa sem nos ouvir. Vamos ao debate: Apesar do Ministério da Educação ter retirado menções aos termos orientação sexual e identidade de gênero da proposta de formulação da Base Nacional Comum Curricular, os professores podem continuar promovendo debate de gênero nas escolas. A Constituição Federal assegura em seu artigo 3°, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,cor,idade e quaisquer outras formas de discriminação. No artigo 206, ela assegura um ENSINO com base em princípios da liberdade de aprender e ensinar, além do pluralismo de ideias e concepções pedagógicas. Além disso, a Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB), prescreve em seu artigo 3°, que entre os princípios que baseiam o ensino devem está presentes o respeito à liberdade e o apreço à tolerância, a gestão democrática e a vinculação entre a educação escolar e as práticas sociais", cita Ana Cláudia Costa Guedes, professora da Rede Estadual de Ensino e Representante da APEOESP, em comunicado nas redes sociais.

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