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  • Da redação

Deputados que se dizem "de Marília" votam a favor do corrupto governo Temer e viram "


Deputados Vinícius Carvalho e Walter Ihoshi: "cúmplices da corrupção"

Dois deputados federais que dizem ter "alguma ligação" com Marília votaram a favor do presidente Michel Temer (PMDB) em sessão na Câmara Federal nesta quarta-feira (2) e ajudaram a barrar as investigações de corrupções do atual governo pelo STF.

Os deputados Walter Ihoshi (PSD) e Vinícius Raposo Carvalho (PRB) votaram a favor do relatório da CCJ (Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça) que determina o arquivamento das denúncias de corrupção contra Temer. O parecer emitido no relatório da CCJ, presidida pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB/MG), impede que o STF (Supremo Tribunal Federal) investigue as denúncias contra Temer.

"Senhor presidente, meu voto é sim", disse Vinícius Raposo Carvalho ao expor seu voto. "Senhor presidente, pela estabilidade e pelo avanço das reformas eu digo sim", disse Walter Ihoshi. Os votos deles somaram 136 votos a favor de Temer. Ihoshi e Carvalho (que é pastor da Igreja Universal no Rio de Janeiro) votaram também a favor das famigeradas reformas Trabalhista e da Previdência, que prejudicaram milhões de trabalhadores.

A deputada Bruna Furlan (PSDB), que obteve cerca de sete mil votos em Marília, votou a favor de Temer. Já o deputado Capitão Augusto (PR), que tem base em Ourinhos, votou contra o relatório da CCJ, ou seja, a favor da continuidade das investigações contra Temer. O deputado Milton Monti (PR), de São Manuel, votou a favor do relatório, beneficiando Temer e a corrupção.

As denúncias contra o presidente foram feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontando crime de corrupção passiva de Temer por ter supostamente negociado benesses em troca de favorecer o empresário Joesley Batista, magnata da JBS e agora delator da Operação Lava Jato. Temer foi acusado de ser beneficiário dos recursos entregues pela empresa (R$ 500 mil) ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que havia sido assessor especial da Presidência da República. Conforme a Constituição, um eventual processo contra o presidente da República no Supremo, por crime comum, São necessários 342 votos para que Temer seja afastado por 180 dias e julgado pelo STF. Nas últimas semanas, Temer abriu os cofres descaradamente, liberando verbas para parlamentares que se posicionaram a seu favor e contra as investigações de corrupção.

Só 14% da população é contraria à abertura de processo contra o presidente no STF, segundo pesquisa; 79% dos entrevistados disseram considerar que deputado que apoiar rejeição da denúncia da PGR é "cúmplice da corrupção"

A maioria absoluta da população brasileira concorda com afirmação de que deputados que apoiarem Michel Temer são "cúmplices da corrupção"

A maioria dos brasileiros defende a aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, que deve ser levada à votação no plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (2) . De acordo com pesquisa divulgada hoje (31) pelo Ibope, 81% da população é favorável à abertura de processo contra o peemedebista no Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto apenas 14% dos entrevistados defenderam a rejeição da denúncia. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder sobre o tema.

A pesquisa encomendada pela associação civil Avaaz.org mostrou ainda que o apoio à admissão da denúnca por corrupção passiva oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer é maior entre os mais jovens (89%). Também se destacaram aqueles que têm o ensino médio ou superior completo (86% e 85%, respectivamente), os que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos (87%) e aqueles com renda familiar acima de cinco salários mínimos (85%).

O levantamento foi realizado entre os dias 24 e 26 deste mês e foram ouvidos 1 mil brasileiros por telefone. A margem de erro estimada pelo Ibope é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Ao serem apresentados à afirmação "Acho que a denúncia é correta e o deputado que votar contra a abertura do processo é cúmplice da corrupção", 79% dos entrevistados disseram concordar com o pensamento, enquanto 18% disseram discordar.

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