Protesto reuniu milhares de manifestantes em São Paulo contra deputados que votaram contra o povo
"Deputado que apoia ladrão, 100 anos sem reeleição". Esse foi o tema de um grande protesto realizado na tarde deste domingo (6), em São Paulo. Milhares de manifestantes demonstraram revolta com o resultado da votação na Câmara dos Deputados que arquivou a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB).
A votação na Câmara Federal livrou Temer de ser investigado pelo STF nos atos de corrupção e roubalheira do dinheiro público que deveria ser investido na Saúde, Educação, Segurança e outros setores. Os deputados Walter Ihoshi (PSD) e Vinícius Raposo Carvalho (PRB - pastor da Igreja Universal) votaram a favor de Temer e contra o povo. Eles se dizem "de Marília", mantém escritórios políticos aqui sempre fechados e quando vem à cidade se hospedam em hotéis de luxo, já que nem familiares eles têm por aqui,
Com cartazes com fotos dos deputados que votaram pelo arquivamento na sessão, o grupo se concentrava próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.
Os parlamentares aprovaram, por 263 a 227, o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR).
Com a decisão, os deputados livraram Temer de responder no Supremo Tribunal Federal (STF) a processo que, se instalado, provocaria o afastamento do presidente por até 180 dias. Agora, Temer responderá no STF somente após a conclusão do mandato, em 31 de dezembro de 2018.
O procurador-geral Rodrigo Janot ainda deverá apresentar outra denúncia contra Temer, por organização criminosa e obstrução de justiça. A acusação de Janot se baseia nas investigações abertas a partir das delações de executivos da empresa JBS no âmbito da Operação Lava Jato.