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Da redação

Moça diz "ficou em jaula no HEM" e relata tentativa de fuga. Direção do Hospital contesta


Uma garota apontada como desaparecida nos últimos dias, inclusive com campanhas pelas redes sociais, postou um relato (veja abaixo) em sua página no Facebook, contando que "ficou trancada em uma jaula" sete dias no Hospital Espírita de Marília. Ela relata momentos de pânico e tentativa de fuga pulando muro, mas não conseguindo pular um portão grande.

*EU NÃO DESAPARECI*

Veja o relato da moça no Facebook:

"Fui internada em um hospital com problemas de anorexia e depressão é minha terceira internação sempre fiquei no HC onde lá tratam você como um ser humano, e entendem o seu problema! Infelizmente não havia vaga então me enviaram para o HOSPITAL ESPÍRITA DE MARÍLIA onde lá fazem tratamento de pessoas com dependência química, e não era o lugar onde eu deveria estar. FIQUEI TRANCADA EM UMA “JAULA” POR SETE DIAS sem nenhum médico para me atender,meus pais querendo informações minha e falavam que não podiam dar informações. estavam dando remédios por conta, uma enfermeira que estava me atendendo como se foce médica.

Então esperei a oportunidade para fugir de lá consegui pular o muro porém havia um outro portão maior não consegui pular, fiquei escondida até que avisassem o meu pai para que ele me tirasse de lá. Isso foi as 11:20 da manhã avisaram meu pai as 12:30 que eu tinha sumido. Escutei eles falando que ligaram pro meu pai e voltei pra dentro, pedi que ligasse para o meu pai para me tirar de lá e que eu estava bem. eles disseram que ligaram e disseram que no outro dia ele iria me buscar.

POIS ELES NÃO LIGARAM MEU PAI DESESPERADO ATRÁS DE MIM FICOU A MADRUGADA INTEIRA ME PROCURANDO NÃO DORMIU A NOITE FOI NA DELEGACIA E PEDIU QUE POSTASSE NAS REDES SOCIAIS. Enfim ligaram pra ele hoje as 10hrs e ele foi me tirar daquele lixo de hospital onde tratam os pacientes como merda! Desculpa preocupar a todos mas infelizmente foi a única solução!".

MANIFESTAÇÃO DA DIREÇÃO DO HOSPITAL

A direção do Hospital Espírita de Marília(HEM), informou ao JP que não aconteceram os episódios relatados pela moça, que ficou uma semana no Hospital, dos quais dois dias na Unidade de Cuidados Especiais (uma ala feminina monitorada 24h por dia).

"Aqui não tem jaulas, pois o Hospital trata pessoas e não animais. O HEM segue todos os padrões de atendimento humanizado, com profissionais altamente especializados para tratar todos os tipos de situações vividas pelos pacientes, de forma que eles sejam assistidos da melhor maneira possível, clínica e psicologicamente, assim como seus familiares", se manifestou a diretoria.

Esclareceu ainda que a patologia diagnosticada na referida paciente provoca alterações de ordem psicológica. "Mas daí até fazer postagens agressivas e inverídicas contra o Hospital há uma grande diferença e estamos acionando o Departamento Jurídico para as providências cabíveis. Esse tipo de inverdade pode causar grandes danos também para pessoas que têm tendência ao suicídio ou graves problemas com drogas e, diante desses relatos que não correspondem à verdade, podem ficar com medo de usufruir do tratamento e assistência disponibilizados gratuitamente pelo HEM", completa a manifestação da diretoria do Hospital.

Sobre o relato de tentativa de fuga da paciente, esclareceu que "como não é cadeia", o HEM não adota medidas que possam trazer riscos à integridade física dos pacientes no sentido de que eles não deixem o Hospital.

"As visitas são autorizadas. Existe a chamada alta pedida, através da qual o paciente pode solicitar sua saída do Hospital, em conjunto com familiares que de fato estejam acompanhando o tratamento. Portanto, não há necessidade de "fuga", basta solicitar a alta pedida".

Os pacientes, antes de seguir para o HEM, passam por triagem no Hospital das Clínicas de Marília. Ficam internados em média entre 15 e 20 dias e depois seguem para os Caps (Centros de Assistência Psicossocial) para continuidade do tratamento.

No HEM, são realizados cerca de 3 mil atendimentos por ano. Tudo gratuito, com equipes de profissionais 24 horas, alimentação, roupas, medicação e etc.




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