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Da redação

Políticos ignoram servidores municipais e projetos que aumentam salários do prefeito e "grandõe



SÓ ALEGRIA E FARRA COM O DINHEIRO DO POVO: secretário Levi Gomes, vereador Marcos Rezende e o prefeito Daniel Alonso: proposta de reajuste de 16% para salários dos "grandões" na

Prefeitura e dizem que não tem dinheiro para atender o pedido de reajuste dos servidores


"Só será retirado se a Mesa da Câmara assim decidir". Esta foi a resposta da assessoria de Imprensa da Câmara de Marília, ao JP, sobre a retirada do Projeto de Lei que concede aumento de cerca de 16% nos salários do prefeito Daniel Alonso (PSDB - R$ 20 mil), vice-prefeito Tato Ambrósio (MDB - R$ 14 mil ) e dos secretários municipais (R$ 10 mil por mês).

O tal projeto foi criado pelo presidente da Casa, vereador Marcos Rezende (PSD) e assinado pelos vereadores João do Bar (PHS) e Evandro Galete (Podemos). NOVO TREM DA ALEGRIA

Também segue na Câmara o Projeto de Lei do prefeito Daniel Alonso, que cria 89 novos cargos comissionados (sem concurso público) na Prefeitura. Os representantes dos servidores municipais solicitaram também a retirada desta nociva proposta, mas até agora, o projeto continua "na ativa" e segue para entrar na pauta de votação em plenário.

PRIMEIRA REUNIÃO COM SERVIDORES SERÁ DIA 7

Durante audiência pública na Câmara Municipal, ontem, o secretário municipal da Fazenda, Levi Gomes, disse que a primeira reunião entre representantes da Prefeitura e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais deve ocorreu na manhã do próximo dia 7 (quinta-feira).

Em entrevistas, Gomes já descartou a possibilidade de reajuste salarial de 10% para a categoria, cuja data-base é 1° de abril.

REUNIÃO COM VEREADORES, MAS NADA RESOLVIDO!

Na sessão camarária da última segunda-feira (25), cerca de 300 servidores municipais de Marília estiveram no Legislativo para exigir a retirada de projetos que podem prejudicar as negociações da Campanha Salarial 2019. O presidente do Legislativo, Marcos Santana Rezende (PSD) nomeou uma comissão formada pelos parlamentares Evandro Galete (Podemos), Cícero Carlos da Silva, o Cícero do Ceasa (PV) e o engenheiro Luiz Eduardo Nardi (PR) para receber os trabalhadores. Os tais vereadores falaram muito, fizeram aqueles manjados discursinhos, mas não resolveram nada. Tanto que nenhum dos pedidos dos servidores foi atendido.

A sala Nasib Cury ficou lotada, sendo que os servidores cobraram uma postura dos vereadores sobre os projetos em tramitação. O presidente do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais), José Paulino, destacou que é preciso defender os interesses dos servidores e lutar pelo reajuste salarial proposto na última assembleia, que é de 10% (8% das perdas do governo Daniel Alonso e 2% de aumento real).

A vice-presidente do Sindimmar, Bruna Marcelino, apresentou a pauta de reivindicação dos servidores que foram até a Câmara Municipal, exigindo uma postura dos parlamentares em relação aos temas.

Os servidores pediram aos vereadores que não votem e não aceitem projetos que tratem da concessão e/ou privatização do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília), querem a retirada do projeto que cria a Secretaria de Ciência e Tecnologia e 89 novos cargos comissionados, querem ainda a retirada do projeto que reajusta o salário do prefeito, vice e secretários em mais de 16% e, por fim, que os parlamentares se empenhem pela Campanha Salarial de 2019, cuja reivindicação é de 10% de reajuste.

Os três vereadores que formam a comissão se comprometeram em defender o debate em relação à petição dos servidores, deixando claro que “pessoalmente”, eles estavam ao lado dos trabalhadores. Os vereadores delegado Wilson Alves Damasceno (PSDB) e José Carlos Albuquerque (PRB) também marcaram presença durante o encontro. Albuquerque chegou a dizer que teria conversado com Alysson Souza e Silva, secretário de assuntos estratégicos, sobre o reajuste salarial. “O nosso secretário garantiu que o prefeito Daniel Alonso vai enviar um ofício pedindo à Câmara, ao presidente Marcos Rezende, que retire o projeto de aumento dos vencimentos, que é inoportuno no momento”, apontou Albuquerque.






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