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  • JCNET-Bauru - Marcele Tonelli e Tisa Moraes

Golpes do WhatsApp clonado seguem fazendo vítimas na região


O golpe do WhatsApp clonado segue fazendo vítimas por Bauru. No período de uma semana, dois casos em que as vítimas perderam dinheiro para os estelionatários foram registrados na cidade. Desde janeiro deste ano, o JC tem dado o alerta sobre o golpe, que já fez, pelo menos, dez vítimas no município.

A Polícia Civil, por meio do Setor de Investigações Gerais (SIG), coordenado pelo delegado Rogério Dantas, tem investigado as ações e acredita na atuação de uma quadrilha especializada envolvendo estelionatários da região e de fora.

O delegado diz que o golpe passou a ser aplicado com mais frequência em Bauru a partir de março. "De lá para cá, já foram registrados uns dez casos, uma média de três por mês. É preciso atenção, nunca faça um depósito sem ligar para a pessoa e confirmar que é ela", alerta.

O GOLPE

De maneira simples, o número do celular da vítima é clonado e o estelionatário pede, por meio do aplicativo de mensagens, dinheiro para pessoas próximas a ela, inventando qualquer tipo de motivo urgente. Sem desconfiar de nada, já que o número realmente é de alguém conhecido, o alvo é convencido a fazer a transferência de valores em uma conta de terceiro.

Em um caso ocorrido na tarde de 6 de maio, a vítima, um fisioterapeuta de 36 anos, relatou ter efetuado um depósito de R$ 1 mil em favor de uma amiga íntima, depois de ter recebido mensagens que acreditou ser dela com o pedido. Ao ser comunicada sobre a ajuda, a amiga relatou a suspeita de invasão e orientou o rapaz a efetuar o bloqueio do valor depositado. O BO foi registrado como estelionato e segue sob investigação.

Na tarde de segunda-feira (13), outra vítima, uma auxiliar de escritório de 25 anos, contou à polícia que o problema aconteceu após anúncio que ela fez do seu celular em um site de compra e venda. Com acesso ao aparelho, os estelionatários enviaram várias mensagens com pedidos de ajuda para os contatos. Um amigo, de 25 anos, desempregado, acreditou e resolveu ajudá-la, depositando R$ 990,00 na conta de um terceiro. Outra colega da auxiliar também trocou mensagens com os estelionatários, porém, não chegou a realizar o depósito. O BO, registrado como invasão de dispositivo informático e estelionato, também é alvo de investigação.

INVESTIGAÇÕES

Advogado na área de Direito Digital, José Antônio Milagre explicou em reportagens anteriores do JC que, geralmente, os golpistas clonam o chip da vítima, solicitando a portabilidade em uma empresa de telefonia. Para isso, basta ter o nome completo, número do telefone e CPF.

O delegado Rogério Dantas alerta que as investigações demandam mais tempo por dependerem da quebra de sigilo bancário dos terceiros que tiveram as contas utilizadas para os depósitos ilegais. "É um processo lento, mas todos os casos são investigados. As vitimas contabilizam prejuízos grandes, geralmente", cita. "Acreditamos em uma quadrilha especializada, com gente de fora e também da região, porque é alguém daqui que habilita o DDD", completa o delegado.

PREVINA-SE

Para evitar a clonagem, habilite a autenticação de duplo fator do WhatsApp, recurso que deve ser acionado pelo dono do aparelho dentro do aplicativo em "Configurações", "Conta", "Verificação (ou confirmação) em duas etapas" e, finalmente, "Ativar".

Com esta ferramenta, toda vez que a pessoa instalar o WhatsApp com seu número em um novo dispositivo, será exigido um código PIN. Com a senha, o fraudador pode até clonar o chip, mas não conseguirá usar o WhatsApp.

Sinais de fraude: ao perder a portabilidade do número, o celular fica sem sinal. Quanto mais rápido o usuário perceber, menos tempo o estelionatário terá para agir.


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