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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Bauru chega a 28 óbitos por dengue, mas notificações têm queda brusca


A triste estatística das vidas tiradas pela dengue em Bauru subiu ainda mais. Nessa sexta-feira (14), a Secretaria Municipal de Saúde confirmou outras sete mortes por conta da doença, totalizando 28 vítimas fatais somente neste ano. A quantidade geral de casos também cresceu, passando dos 22,4 mil registros oficiais. Apesar do quadro trágico, a pior epidemia de dengue da história da cidade - tanto em letalidade quanto em número de casos - entrou, enfim, em retração, com quedas significativas nas notificações. Para se ter uma ideia, junho somente teve oito ocorrências suspeitas até o dia 10.

As sete vítimas fatais confirmadas ontem são pessoas de idade mais avançada. São cinco homens e duas mulheres, cuja faixa etária varia entre 69 e 89 anos.

De acordo com análise da própria Secretaria Municipal de Saúde, elas convergem com o perfil majoritário do restante das mortes neste ano por conta da dengue. "Quanto aos óbitos, os mesmos ocorreram, em sua maioria, em idosos e com doenças de base como hipertensão, diabetes ou renais crônicos", explica a pasta, revelando que a faixa média desses óbitos é de 75 anos.

A Saúde complementa que a média de internação até a morte foi de 6,9 dias, enquanto 86% das vítimas fatais apresentavam doenças de base importantes (confira o perfil das vítimas no quadro cima).

O mais pesaroso é que essa triste estatística de famílias bauruenses que choram a perda de seus entes queridos pode aumentar ainda mais. Além das 28 mortes, outras suspeitas seguem sendo investigadas e aguardando resultado laboratorial pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) - São Paulo.

Há algumas semanas, porém, a pasta parou de especificar quantas mortes suspeitas seguem em investigação.

MAIS LETAL

Antes de 2019, os anos que haviam registrado mortes pela doença foram 2011 (seis óbitos), 2013 (dois), 2015 (seis) e 2016 (um). Assim, todos os anos somados mataram 15 pessoas, ou seja, quase metade das 28 mortes deste ano.

O número de óbitos também chama a atenção quando comparado a outros Estados. Boletim epidemiológico mais recente divulgado na última terça-feira mostra que, no Distrito Federal inteiro, o total é de 26 vítimas fatais.

RONDAS EM CASAS

O poder público tem atuado em diferentes frentes para tentar conter a epidemia de dengue, com mutirões de limpeza (que já retiraram dezenas de toneladas de materiais que poderiam acumular água), visitas a casas e também multas, além de diversas outras ações.

Mesmo assim, a participação da população dentro de casa é fundamental no combate ao mosquito. Inclusive, uma das campanhas é a "10 minutos contra o Aedes". Desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), baseia-se em uma ronda semanal de 10 minutos observando vários pontos.

É possível baixar a lista da ronda pelo link http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/10minutos.html.

Cidade passa dos 22,4 mil registros da doença, contudo, os novos casos suspeitos despencam

Além das sete mortes, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou nesta sexta-feira mais 2.491 casos autóctones de dengue. Agora, Bauru já conta com 22.484 registros, sendo 22.452 autóctones e outros 32 casos importados.

Segundo a prefeitura, esses casos confirmados ontem tiveram sintomas entre 13 de janeiro e 20 de abril deste ano, ou seja, grande parte ainda do maior período da infestação.

O município complementa que as novas notificações (casos suspeitos da doença) diminuíram drasticamente.

De acordo com a pasta, em março, foram 12.434 notificações, volume que caiu para 7.018 em abril e 1.315 para maio. Em junho, para se ter uma ideia, são apenas oito casos suspeitos até o dia 10 (confira no quadro).

Mesmo a prefeitura indicando a tendência de queda, o número total de casos segue alarmante. Para se ter ideia da intensidade desta epidemia, 2019 já tem bem mais que o dobro de registros oficiais de 2015, período com recorde anterior de casos da doença. Naquele ano, foram contabilizadas 8.482 pessoas com dengue.










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