Empresas interessadas em serviços de atualização da Planta Genérica e de Valores de Marília entregaram na tarde desta quarta-feira (31), envelopes com documentos que serão examinados pelo setor de Licitações da Prefeitura de Marília. As próximas etapas definirão preços e a contratação de empresa para esta finalidade.
PREPAREM OS BOLSOS!!!
O serviço é executado com mapeamento via satélite ou terrestre de vias públicas e imóveis da cidade. A PGV define o valor venal dos imóveis e é usada para calcular a base de cobrança do IPTU e essencialmente aumenta as cobranças do tributo. Também estabelece os valores unitários de metro quadrado de terreno e de construção do Município. O IPTU foi reajustado em cerca de 10% este ano pela gestão do prefeito Daniel Alonso (PSDB).
SUPERVALORIZAÇÃO DE IMÓVEIS
A aplicação da PGV em Marília já causou muita polêmica em Marília, com o reajuste no valor venal de propriedades supervalorizando os imóveis. Em um dos casos, o valor venal de uma casa popular no Jardim Lavínia, na Zona Norte, por exemplo, aumentou 300%. O valor do terreno subiu de R$ 96 mil para R$ 230 mil. O reajuste foi de quase 2.300%. Isso porque o valor do IPTU é calculado sobre o valor venal. Com a valorização do terreno o imposto que era de R$ 366 saltou para R$ 3.590. Para a dona de casa, o local foi supervalorizado. Houve ano em que a Prefeitura aumentou em R$ 24 milhões a arrecadação com cobranças de IPTU, a partir de atualização da Planta Genéria de Valores.
CONTRIBUINTES PAGAM MUITO IPTU:
CERCA DE R$ 74 MILHÕES SENDO ARRECADADOS ESTE ANO
Conforme levantamentos do Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, feito pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) , Marília aparece entre as 100 cidades brasileiras que mais arrecadam IPTU. A cidade figura entre a 70ª e 75ª posições.
Este ano, as projeções indicam arrecadação de cerca de R$ 74 milhões com IPTU, que é a maior fonte de receita própria do Município.
Em 2017, o prefeito Daniel Alonso tentou aprovar aumentos escalonados de 185% nos valores venais dos imóveis, em três anos, através de mudanças nas fórmulas de cálculos. Projeto de Lei nesse sentido foi enviado à Câmara Municipal pelo prefeito, no final de 2017, mas retirado por ele mesmo após forte rejeição e pressão popular.