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  • JCNET - Bauru -Tisa Moraes

MP abre inquérito para investigar quebras frequentes de equipamentos em hospitais públicos, em Bauru


O Ministério Público (MP) Estadual de Bauru instaurou inquérito civil para apurar as condições do parque tecnológico dos hospitais públicos de Bauru. A decisão foi tomada após a Comissão de Intergestores Regionais de Saúde de Bauru (CIR-Bauru), que reúne os principais secretários municipais de saúde da região, oferecer representação ao MP, em face do sucateamento dos equipamentos utilizados para a realização de exames. O documento foi assinado por 15 municípios, incluindo Bauru.

Segundo portaria publicada para instauração do inquérito, diversos equipamentos utilizados para "tomografia, litotripsia, hemodinâmica, ressonância magnética, endoscopia, entre outros" estão quebrados ou obsoletos. Com isso, ainda de acordo o MP, a Secretaria de Estado da Saúde, que responde pelos hospitais públicos de Bauru, precisa fazer "constantes e caríssimas manutenções".

"E, enquanto estes equipamentos estão quebrados, a fila de pacientes aguardando exames vai aumentando", aponta o promotor Enilson Komono. Segundo ele, em abril deste ano, havia 39.491 exames pendentes nos hospitais públicos de Bauru.

Na representação apresentada pela CIR-Bauru, a maior preocupação recai sobre a hemodinâmica, serviço responsável por procedimentos como cateterismos e angioplastias, interrompido no Hospital de Base (HB) em abril deste ano por quebra do equipamento. Em junho, o mesmo problema ocorreu no Hospital Estadual (HE).

"Pessoas podem morrer por falta de equipamento. É algo muito preocupante", alerta o promotor Komono.

Por meio de nota, o Estado informou que investiu "R$ 2,1 milhões para a compra de uma nova hemodinâmica para o HB, com previsão para ser instalada nos próximos meses" (leia mais abaixo).

PEREGRINAÇÃO

Ainda de acordo com o promotor, diante de quebras frequentes de equipamentos de tomografia e ressonância magnética, não é raro pacientes do HE precisarem ser transportados para o Base, e vice-versa, dependendo de onde o serviço está funcionando. Já os pacientes que precisam ser submetidos à litotripsia, procedimento utilizado para o tratamento de cálculos, estão sendo remanejados para Jaú, também devido a dano no equipamento do HE.

"Além do problema constante de quebra, muitos equipamentos estão obsoletos, com tecnologia ultrapassada, ou seja, já não oferecem o diagnóstico mais adequado ao paciente. Manutenção, apenas, não resolve mais", acrescenta.

No inquérito, o MP pediu para que o DRS-6 informe, no prazo de 15 dias após ser notificado, quais as atuais condições do parque tecnológico dos hospitais públicos de Bauru, bem como as medidas necessárias para revitalizá-lo em curto e médio prazos. Se nenhuma proposta concreta for apresentada, a tendência, de acordo com o promotor, é judicializar o caso, por meio de ação civil pública.


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