Imagem de Bolsonaro no pronunciamento na tv: presença no show de Jonathan Nemer
Enquanto o Brasil assistia ao pronunciamento em rede nacional feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a crise envolvendo as queimadas na Amazônia, o mandatário assistia um show de "stand up comedy" do humorista gospel, o mariliense Jonathan Nemer, em Águas Claras, na região metropolitana de Brasília. O pronunciamento foi marcado por panelaços em cidades brasileiras.
Com ingressos esgotados, o show de Jonathan Nemer começou por volta das 20h, e o pronunciamento de Bolsonaro, que tinha sido gravado horas antes, foi ao ar às 20h30. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foi ao evento. Às 20h10, o humorista postou em suas redes sociais uma foto com o casal no camarim.
O compromisso do casal não constava na agenda oficial do presidente. Procurado pela reportagem do UOL hoje, o Planalto afirmou que, por se tratar de um evento particular de Bolsonaro, não poderia dar mais informações sobre a presença do presidente ou da primeira-dama no show. A assessoria de imprensa do Planalto também recusou-se a responder se Bolsonaro assistiu ao próprio pronunciamento às 20h30, confirmando apenas que ele foi aprovado pelo presidente.
Segundo o jornal Valor Econômico, Bolsonaro permaneceu cerca de uma hora e meia no local, e deixou o teatro da Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) por uma saída auxiliar, enquanto Michelle saiu por outra.
"GRAVOU DE DIA"
O advogado Rabi Nemer, pai do humorista, disse ao JP que não há motivos para questionamentos sobre o fato do presidente ter assistido o show de Jonathan. "Ora, o pronunciamento dele foi gravado à tarde e á noite Bolsonaro foi a um compromisso particular com a esposa, que foi o show. Não era obrigado a assistir a exibição do pronunciamento".
SURPRESA
O casal Bolsonaro no camarim de Jonathan
Em seu Instagram, Nemer contou que a previsão era a de que apenas Michelle e alguns amigos comparecessem ao show. A presença de Bolsonaro foi surpresa para o humorista, que se mostrou bastante emocionado com a aparição do presidente.
No fim da apresentação, Nemer publicou ainda um vídeo em que a plateia grita "mito" e aplaude o presidente, que está no meio do público e acena para a câmera. O humorista mostrou ainda que ganhou chocolates de Michelle após o show.
Em vídeos publicados no Instagram, Nemer diz que aguardava Bolsonaro e Michelle terminarem de tirar foto com o público após o fim da apresentação para receber o casal. Ele chegou a brincar que o presidente comeu toda a toda a comida do seu camarim.
O humorista, cujo show é considerado "sem censura" por não conter palavrões, também vestiu uma camisa vermelha do time de futebol americano Atlanta Falcons com o número 17, o mesmo da sigla do PSL, o partido de Bolsonaro. "Não acreditou quando eu falei que iria, né @jonathannemer a presença do presidente foi um bônus. Foi show gigante. Deus continue abençoando a sua vida", disse Michelle nos comentários da foto postada pelo humorista apoiador de Bolsonaro.
RECADO DO JONATHAN NO INSTAGRAM
https://www.instagram.com/p/B1h2ebTl4Mo/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=embed_video_watch_again
O PRONUNCIAMENTO DE BOLSONARO EM CADEIA NACIONAL
Panelaço durante pronunciamento de Bolsonaro na noite desta sexta-feira
Presidente da República amenizou responsabilidade do governo no aumento das queimadas e expôs temor com sanções internacionais
O presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) se pronunciou em rede nacional nesta sexta-feira 23, em meio a um panelaço nacional, para justificar o injustificável: a Floresta Amazônica em chamas, algo que já impacta diretamente o Brasil, causa comoção mundial e gera a possibilidade real de sanções por potências às vésperas do G7, marcado para este fim de semana. O discurso, em tom ameno, foi um contraste em relação à história do ex-capitão (hoje ou antes da Presidência), um gigante contraste em relação aos filhos que, desde o início da crise florestal, insistem em (alguma novidade?) acelerar indisposições.“Incêndios florestais existem em todo o mundo, e isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais. O Brasil continuará sendo, como foi até hoje, um país amigo de todos e responsável pela proteção da sua floresta Amazônica”, disse Bolsonaro, já no final de seu discurso.
“Um país amigo de todos” que, nestes primeiros meses de governo, tratou de tensionar para lados variados, incluindo com nações como França, Alemanha, Argentina e todas as “esquerdalhas”. E com a justificativa infantil de que os incêndios estão aí “em todo o mundo”, está ok? (Carta Capital)