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O Tribunal do Júri decidiu, na tarde desta quinta-feira (29), pela condenação de Rafael Augusto Calheiros da Silva por conta da morte de Hélio Adriano da Silva de Melo. A pena foi de 13 anos e sete meses por homicídio qualificado. O crime ocorreu no Jardim Carolina em 2016, após uma briga entre os envolvidos. O motivo da desavença foi que o autor do assassinato filmou a esposa da vítima por baixo da saia (leia mais abaixo).
Os jurados acataram a tese do promotor de Justiça Alex Ravanini Gomes, que considerou que Rafael não ofereceu chances de defesa a Hélio. O pensamento é contrário ao que tentou sustentar a defesa: que o réu golpeou o desafeto em legítima defesa para não sofrer um espancamento.
"Como não queria, se ele avançou sobre Hélio e deu o golpe? Ele abriu o canivete e o deixou em condições de usar. Não há a intenção somente de machucar. Quem usa um canivete não tem esse pensamento. O réu assumiu o risco de matar. As evidências são claras pelas regiões dos golpes", afirmou o promotor, durante a exposição no julgamento.
Alex Ravanini também pediu que o júri não considerasse a desclassificação de lesão corporal seguida de morte, como era pedido pela defesa.
DEFESA
O advogado que defende Rafael Augusto sustentou a tese de que o réu estava sendo agredido pela vítima. Haveria uma terceira pessoa na cena do crime, que teria ajudado, de acordo com o advogado, a agredir o réu. "O Rafael tomou 22 socos e vários chutes enquanto estava recolhido no chão", diz advogado Thiago Tezani. A estratégia da defesa foi também tentar convencer os jurados a retirar Rafael do agravante da pena (não oferecer chance de defesa), o que acabou não dando certo.
Tezani prepara, agora, os recursos. Após a leitura da sentença pela juíza Marina Freire, foi ordenada a prisão imediata de Rafael Augusto. "Primeiro, vamos entrar com um Habeas Corpus, rapidamente, porque entendemos que a prisão é arbitrária. Na sequência, vamos recorrer da sentença contra as provas dos autos", conclui o advogado.
Confusão e golpes de canivete
O homicídio ocorreu em 12 de outubro de 2016. Tudo começou com um vídeo indiscreto gravado por Rafael Augusto no dia anterior. Na época, ele tinha 19 anos e era vendedor ambulante. Com um celular, Rafael filmou a esposa de Hélio Adriano por baixo da saia. Segundo a polícia, a mulher percebeu o ato e tomou o celular do ambulante.
Um dia depois, Rafael e Hélio se encontraram na avenida do Hipódromo, Jd. Carolina, quando uma discussão começou.
Durante a briga, gravada por uma câmera de segurança, Rafael puxou um canivete e atingiu a vítima no peito e na região do baço. Hélio tinha 31 anos e era conhecido no cenário do rap bauruense. Ele chegou a ser socorrido até a UPA do Geisel, mas não resistiu.
Rafael foi levado à CPJ e confessou o assassinato. Na época, à reportagem, ele alegou que andava com o canivete para se defender de uma possível represália em razão do vídeo. Disse estar arrependido e que só esfaqueou o homem porque foi agredido primeiro.
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