A morte da advogada Melissa Barbara dos Santos, de 40 anos, que caiu do 14º andar de um prédio de luxo na Vila Imperial, na madrugada deste domingo (8), está sendo investigada pela polícia. Um boletim de ocorrência foi registrado como morte suspeita, embora o documento aponte "dúvida razoável" de que ela tenha atentado contra a própria vida. Madrasta diz que ela caiu, acidentalmente, enquanto tentava arrumar a rede da sacada do apartamento.
Além ter trabalhado durante 12 anos em um dos principais escritórios de advocacia de Rio Preto, Melissa teve intensa militância política no MDB, chegando a ser presidente do diretório municipal da legenda cerca de cinco anos atrás. Foi nesta época que o prefeito Edinho Araújo retomou o controle da sigla na cidade. A advogada era filha de Amélito Fidelis, conhecido pela atuação em movimentos políticos e sociais de Rio Preto. Melissa deixou dois filhos.
Quando os policiais chegaram ao local, na avenida Coronel Spínola de Castro, por volta das 3h da madrugada, se depararam com o corpo de uma mulher caído em uma das laterais do prédio residencial. Inicialmente não foi possível identificá-la, uma vez que o corpo estava de bruços. O Samu foi acionado e constatou que a vítima já estava sem vida.
Com a chegada da perícia técnica ao local, a polícia identificou a mulher como sendo moradora do apartamento 144. Ela vivia no local com os filhos que, no momento dos fatos, estavam passando o final de semana com o pai.
Como não havia ninguém no apartamento, os policias precisaram, acompanhados pelo síndico, arrombaram a porta. Uma garrafa de vinho estava vazia sobre a pia e a porta do quarto estava fechada, mas não trancada. O aparelho de ar condicionado ligado.
A porta que dá acesso à sacada estava aberta e havia uma pequena escada além de uma taça suja de vinho tombada. Os policiais encontraram também vários "enforca-gatos" que, aparentemente, estavam sendo usados para remendar a rede de segurança que estava rasgada.
Ainda segundo os policiais, não havia sinal de luta ou qualquer outra situação que pudesse apontar um possível latrocínio ou invasão ao apartamento. Também não foi encontrada carta ou documento indicando intenções da vítima.
Não foi entrada nenhuma testemunha e o porteiro disse ter ouvido apenas o barulho da queda. O síndico afirmou que irá solicitar as imagens de segurança para entregar à polícia. O irmão da vítima foi contatado pela polícia e afirmou que a irmã estava passando por possível estado depressivo.
De acordo com a madrasta de Melissa, Elaine Maia, a advogada caiu enquanto tentava arrumar a rede da sacada do apartamento. Mediante aos fatos, um boletim de ocorrência foi registrado como morte suspeita para apuração dos fatos.