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  • Da redação

Equipe da revista Cruzoé esteve em Marília para investigar "transação suspeita" envolvendo



Equipe da Revista Cruzoé (edição digital independente nacional com publicações às sextas-feiras) esteve em Marília, para "investigar a transação suspeita que fez Léo Pinheiro, da OAS, citar Dias Toffoli em um dos capítulos de sua delação premiada". O título da matéria é "O irmão problema" e o conteúdo, por enquanto, só está disponível para assinantes da revista.

Léo Pinheiro, num dos 109 anexos de sua delação premiada, contou que foi Dias Toffoli que o apresentou a seu irmão, Ticiano, em fevereiro de 2012, durante um encontro no restaurante Piantella, na capital federal, informa a Crusoé.

Após Toffoli deixar a mesa, seu irmão, à época vice-prefeito de Marília, e Sojinha, braço direito dele, teriam pedido 1 milhão de reais ao empreiteiro para comprar a renúncia do então prefeito Mário Bulgareli, do PDT.

Como contrapartida, a dupla entregaria à construtora uma obra de saneamento orçada em 108 milhões de reais.

MINISTRO EXCLUI TICIANO DA DELAÇÃO

No final do mês passado, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar a delação do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. Ao formalizar o acordo entre o executivo e o Poder Judiciário, o ministro decidiu arquivar trechos que faziam referências ao irmão do presidente da Corte, Dias Toffoli e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele atendeu pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

O criminoso confesso foi preso em pela primeira vez em novembro de 2015, durante a Operação Juízo Final, 7.ª fase da Lava-Jato. Em seguida ele obteve o benefício da prisão domiciliar, concedida pelo STF. No entanto, voltou para a cadeia em 2016.

A DELAÇÃO

O malandro confesso Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS

Léo Pinheiro afirmou, em delação premiada, que pagou propina, além de ter efetuado repasses por intermédio de caixa 2, à campanha de José Ticiano Dias Toffoli, que exerceu mandato-tampão de prefeito de Marília de março a dezembro de 2012 (após a renúncia do então prefeito Mário Bulgareli).

Além disso, Pinheiro também teria relatado o pagamento de propina para Vinicius Camarinha (PSB), sucessor de Ticiano na prefeitura e hoje deputado estadual pelo PSB. O ex-prefeito disse em Nota que nunca teve qualquer contato com o delator.

O empreiteiro declarou que em 2011 conheceu Ticiano Toffoli durante um jantar, em Brasília, junto com o então presidente do Departamento de Água e Esgoto de Marília (DAEM), Antonio Carlos Guilherme de Souza Vieira, o Sojinha.

Após esse dia, de acordo com ele, os dois lhe contaram sobre uma obra parada no setor de saneamento e que eles queriam que fosse assumida pela empreiteira baiana.

Pinheiro acrescentou que foi procurado por Sojinha, que relatou a existência de um recurso em Marília devido à rescisão de um contrato com a construtora Passarelli.

“Antonio Carlos Soja relatou que estava com receio de perder o recurso, caso não fosse utilizado para prosseguimento da obra do esgotamento sanitário. Em face disso, respondi que a OAS iria realizar um estudo para analisar a viabilidade econômica da retomada da mencionada obra e que, em seguida, a empresa lhe daria um posicionamento”, disse o empreiteiro.

Pedido de propina

Depois de concluir que o projeto era viável, conforme Léo Pinheiro, um representante da empreiteira reuniu-se com Sojinha e Ticiano Toffoli para informá-los do interesse em assumir a obra. Foi quando houve o pedido de propina, segundo ele.

“Foi solicitada vantagem indevida no valor de R$ 1 milhão com a finalidade de comprar a renúncia do então prefeito do município de Marília, Mário Bulgareli (PDT)”, disse Léo Pinheiro.






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