top of page
Buscar
  • JCNET _ Bauru

QUEBRA-CABEÇA: PMs mortos em caso passional em Bauru levaram vários tiros e arma da mulher não foi l


Sargento Agnaldo e o cabo Sabino

Mais peças se juntam ao quebra-cabeça que envolve as mortes do sargento Luciano Agnaldo Rodrigues e do cabo e judoca Mário Sabino Júnior, ocorridas na última sexta-feira (25), na região do Jardim Niceia, em Bauru. Informações dão conta de que as armas dos dois policiais foram disparadas e de que ambos foram baleados mais de uma vez. Já a arma da cabo Águida Heloísa Barbosa Rodrigues, viúva do sargento, não foi encontrada com ela na cena do crime.

As informações foram prestadas ao JC pelo promotor estadual João Henrique Ferreira, que faz o controle externo das atividades da Polícia Militar Judiciária. Segundo ele, pelo que consta, tanto a pistola ponto 40 de Sabino quanto o revólver calibre 38 de Agnaldo foram disparados.

O cabo teria sido atingido no peito e no pescoço e o sargento levou três tiros no peito e um na cabeça. Em relação à arma da cabo Águida, o promotor João Henrique Ferreira diz que o armamento não foi encontrado logo após o crime com ela e, por isso, conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar (BOPM), não foi apreendido na ocasião.

INVESTIGAÇÃO DA DIG

A Polícia Civil de Bauru também vai investigar as circunstâncias das mortes dos policiais. A portaria que abre o processo de apuração foi assinada nesta terça-feira (29) pelo delegado Cledson Luiz do Nascimento, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Serão analisadas provas testemunhais e periciais dentro do previsto pelo Código de Processo Penal. Para o delegado, trata-se de uma circunstância diferente ao entendimento de um crime militar exclusivo. "O inquérito se fundamenta na ideia de que esse crime não foi puramente militar, principalmente pela circunstância dos envolvidos não estarem em efetivo horário de trabalho e estarem em uma via pública", destaca Cledson do Nascimento. Representantes do Ministério Público, conforme aponta o delegado, foram consultados para fundamentar a abertura das investigações no âmbito da Polícia Civil.

"O crime seria exclusivamente militar se tivesse ocorrido, por exemplo, dentro do Batalhão, com as pessoas envolvidas fardadas. Entendemos que, aparentemente, foi um crime de ordem pessoal e completamente fora do ambiente militar. Dessa forma, entendemos que cabe apuração da Polícia Civil", complementa o titular da DIG.

A investigação contará com provas recolhidas no dia do crime e análise dos corpos dos dois policiais, que virão compor a peça de investigação assim que saírem os laudos. "Preliminarmente, oficializamos ao 4.º Batalhão de Polícia Militar a cópia do boletim registrado pelos policiais no dia das mortes e as requisições periciais. Vamos ouvir os militares que estiveram no local e a viúva do Agnaldo", diz Cledson do Nascimento.

Não há previsão de quando a cabo Águida será ouvida. Ela é personagem fundamental na investigação porque integrou o cenário onde o crime ocorreu. Desde a tragédia, surgiram várias especulações sobre a possibilidade de motivação passional. Uma das hipóteses é de que Águida estaria se encontrando com Sabino. Um dia depois do crime, o Comando do 4.º BPM-I destacou que todas as informações ventiladas são suposições.

INQUÉRITO MILITAR

Paralelamente às investigações da DIG, conforme informou o JC, um inquérito militar corre sob responsabilidade do Comando da corporação. Em nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), a PM reforça que a ocorrência é um crime militar, de apuração e instrução exclusiva da corporação, inclusive sendo a responsável pelo acionamento da perícia do Instituto de Criminalística.

A SSP informou, ainda, que o inquérito militar segue em sigilo conforme o artigo 16 do Código de Processo Penal Militar e reiterou que a DIG de Bauru também investiga o caso.





897 visualizações0 comentário
bottom of page