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  • Da redação

Polícia ouve três adolescentes e colhe material para perícias no caso de ataques racistas contra dir



EXCLUSIVO


O delegado titular do 4° Distrito Policial de Marília. dr. Emir Giroto, ouviu três adolescentes no inquérito que investiga denúncia de injúria racial envolvendo a diretora de uma escola estadual localizada na Zona Sul de Marília. Os adolescentes estão matriculados no ensino médio na escola.

A diretora, que é negra, registrou Boletim de Ocorrência no início deste mês após chegar para trabalhar e encontrar três folhas dentro de um envelope com imagens e textos (fotos acima) de conteúdo racista. O material foi colocados sob a porta da sala dela na escola. "Macaca incompetente" e "demônio preto" foram algumas expressões usadas nos ataques.

A diretora, que assumiu o cargo no início deste ano, segundo as investigações, passou a receber represálias após adotar medidas para coibir indisciplinas e uso de bebidas e jogatinas por alunos no interior da escola.

O delegado disse ao JP que os adolescentes, apontados como suspeitos. negaram a autoria dos ataques. "Coletamos material deles para exames grafotécnicos e outras perícias. Após receber os resultados, devo concluir e relatar o inquérito e remetê-lo à Justiça".

Giroto afirmou que a diretora continua enfrentando problemas na escola, agora, com a revolta de pais dos adolescentes que foram ouvidos na CPJ. "Inclusive com telefonemas anônimos e ameaças". O crime de injúria racial prevê pena de um a três anos de detenção e multa.

NOTA DA DIRETORIA DE ENSINO


Em nota, a Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Marília citou que “é inadmissível que casos de discriminação como este aconteçam dentro e fora do ambiente escolar”.

O órgão abriu uma apuração interna sobre o fato e "está prestando apoio à gestora” e vai reforçar ações de conscientização sobre respeito às diferenças.


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