O prefeito Daniel Alonso (PSDB) deu calote de, até agora, R$ 7,7 milhões na ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário da Unimar) e está provocando caos nos serviços da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte de Marília.
Com o rombo, acumulada em pelo menos 14 parcelas atrasadas, a direção da ABHU anunciou que passará a atender somente casos de urgência e emergência a partir da próxima sexta-feira.
Para fazer pagamentos, inclusive do 13° salário aos cerca de 300 funcionários da UPA, a diretora do Hospital da Unimar, Márcia Mesquita Serva, recorreu a empréstimos bancários de R$ 3,7 milhões.
Com a repercussão negativa de mais este caos na saúde pública em Marília, o prefeito divulgou Nota onde reclamou "da atitude da superintendente da ABHU" que tornou público o calote e anunciou cortes, disse que a dívida é de "apenas" cerca de R$ 2 milhões e que tomará "medidas cabíveis" contra a decisão da administradoras de efetuar cortes no atendimento na UPA da Zona Norte.
A Unidade, que atende cerca de 11 mil pacientes por mês e é referência em qualidade de atendimento em Marília pela administração do Hospital da Unimar, pode entrar em colapso devido aos calotes do prefeito.
A UPA é mantida com recursos de R$ 500 mil mensais do Ministério da Saúde, com complemento de R$ 670 mil mensais pela Prefeitura, além de R$ 130 mil por metas de atendimentos cumpridas.