Há 32 anos, o conhecido empresário Xavier é proprietário de um posto revendedor de combustíveis com a bandeira da Ipiranga, localizado em Cafelândia (a 74 quilômetros de Marília). Cansado de ser explorado pela Companhia, ele relatou o que considera chantagem da distribuidora.
"A bandeira Ipiranga faz um contrato com os proprietários de postos de depois começa a massacrar a gente...Ficamos sem condições de trabalhar e sem margem de lucro, pois eles (Ipiranga) vendem pra gente com uma margem de lucro de até vinte centavos acima da bandeira branca...Eu, como posto bandeirado. não posso comprar da bandeira branca e fico sem margem de lucro", explicou.
O empresário reclamou da chantagem da Ipiranga que força os proprietários a comprar produtos de marketing e promoções da Companhia que não constam no contrato, como o "Abasteça Aí" e o "Quilômetros de Vantagens".
Xavier disse que a Companhia força os contratados a comprar produtos que nem usam. "Como a gente não compra esses produtos, eles ficam chantageando e atrasam as entregas de combustíveis. Fiquei dois dias esperando a chegada de combustíveis...A gente serve de motivo de chacota dos clientes, que falam que você está quebrando, que você nâo tem dinheiro. Isso pra mim é uma coisa muito pesada", reclamou.
"Quando chegam para bandeirar o posto, eles (Ipiranga) prometem mil e uma coisas. Depois que você assina o contrato eles te amarram e você fica a mercê deles...Muitos postos já foram à falência por causa disso", comentou.
Em função dessa "chantagem e falta de respeito", Xavier não recebeu um caminhão de combustível enviado pela Ipiranga com dois dias de atraso. "Em consideração aos meus clientes e meus consumidores tomei esta decisão. A Ipiranga é uma das piores bandeiras do Brasil".
Ele alertou: "tome cuidado com essa armadilha que eles (Ipiranga) armam pra você, não caia nessa". Sobre as tais promoções da Companhia, ele disse que não há vantagem nenhuma ao consumidor porque ele paga mais caro pelo combustível.