A Cotracil, cooperativa que reúne dezenas de catadores de materiais recicláveis em Marília, deve desocupar em 15 dias (a partir desta segunda-feira) uma área ocupada pela entidade fundada em 1999, no Núcleo Toffoli, na Zona Sul da cidade.
A decisão é do juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, em Ação de reintegração e posse movida pela Prefeitura. A liminar foi publicada hoje a cabe recurso.
A Ação. na qual a Prefeitura alega "invasão de área pública e utilização do da área sem autorização do Poder Público", cita que deverá ser usada força policial para desocupar o imóvel. Menciona ainda "tentativas do Município em recuperar a posse do imóvel público pacificamente”.
A Cooperativa reúne trabalhadores de baixa renda que atuam na separação dos materiais recicláveis e no trabalho de campo, fazendo as coletas pela cidade, ajudando da reciclagem, apoio à preservação do meio ambiente e redução dos custos do Município com o transbordo do lixo de Marília para um aterro em Quatá (a cerca de 100 quilômetros) por uma empresa privada.
A fundadora e presidente da Cotracil, Ana Maria Marques, sofreu um princípio de infarto recentemente e ficou internada na Santa Casa de Marília. Atualmente, passa por processo de recuperação.
Ana Marques, fundadora e presidente da Cotracil
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