A Emdurb notificou as empresas de ônibus urbanos Sorriso e Grande Marília no sentido de que elas adotem medidas para evitar lotações nos coletivos. Conforme já divulgado pelo JP, usuários v~em reclamando muito das lotações, comprometendo as normas de proteção e prevenção contra o coronavírus.
Exemplo de regras rígidas adotadas no comércio de Marília, com a fiscalização da Prefeitura notificando estabelecimentos por descumprimentos de regras como uso obrigatório de máscaras, disponibilização de álcool em gel e distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas em filas ou dentro das lojas.
Imagens em ônibus da Grande Marília na linha do núcleo Maracá, na Zona Norte
AGLOMERAÇÕES E LOTAÇÕES NOS ÔNIBUS URBANOS EM MARÍLIA
Enquanto "o bicho pega" no comércio, os ônibus urbanos das empresas Grande Marília e Sorriso de Marília circulam lotados, com passageiros amontoados e apenas um frasco de álcool em gel pendurado num dos canos verticais dos coletivos. Não há informações sobre higienização dos ônibus.
Em outras cidades, prefeituras adotaram medidas para proteção contra o coronavírus em ônibus urbanos, como obrigatoriedade de álcool em gel com pedais, higienização total dos ônibus após cada volta completada e lotação máxima de 50% da capacidade e proibição de passageiros sendo transportados em pé nos coletivos.
EMDURB QUER ADEQUAÇÕES
O presidente da Emdurb, Valdeci Fogaça de Oliveira, disse ao JP que pretendia se reunir com representantes das empresas de ônibus urbanos que atuam em Marília, mas, devido à pandemia e as dificuldades de reuniões presenciais nesse momento, decidiu pelas notificações.
"Nossa primeira exigência é que não faltem ônibus para a demanda da população. Poderemos, por exemplo, recomendar que as empresas coloquem mais horários de ônibus nas linhas de maior movimento, como nas Zonas Norte e Sul e nos horários de pico, de acordo com o novo funcionamento do comércio".
"Além dos eventuais aumentos de horários e de ônibus em determinadas linhas, é necessária também a conscientização e paciência dos usuários, na atual situação, de esperar o próximo ônibus, caso note que o que chegou no ponto está com os assentos e espaços ocupados", observou Fogaça.
Ele é membro do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana e disse que, pelo que sabe, nenhuma cidade do interior paulista determinou limitação de passageiros em ônibus urbanos.
Em São Paulo, desde a última segunda-feira, a Prefeitura proibiu o transporte de passageiros em pé no transporte público, para evitar aglomerações e aumento do risco de contágio pelo coronavírus.
Um decreto do prefeito Daniel Alonso (PSDB) publicado no final de maio, restringe o acesso de idosos e estudantes (com isenções e descontos em tarifas) nos ônibus urbanos. Pagando as tarifas eles podem usar os ônibus normalmente. O decreto não cita exigências como álcool em gel por pedal, distanciamento entre os passageiros, norma de higienização dos coletivos e limite de ocupação em cada ônibus.