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Unesp de Marília repudia ato do ex-ministro da Educação sobre retirada de cotas nos cursos de pós gr

Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA J. POVO- MARÍLIA

Tradutores e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), da Unesp em Marília, divulgaram um manifesto nesta sexta-feira (19), criticando atos e "desserviço" do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. O principal foco das críticas é a retirada do direito às cotas nos cursos de pós graduação a discentes negros, indígenas e pessoas com deficiência.

ASSEMBLEIA DOS PROFISSIONAIS TRADUTORES E INTÉRPRETES DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS DA UNESP – CÂMPUS DE MARÍLIA

MANIFESTO PÚBLICO DE REPÚDIO À PORTARIA 545 DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC

Marília, 19 de Junho de 2020

A Assembleia dos Profissionais Tradutores Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais – Libras lotados na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Câmpus de Marília é um órgão colegiado, composto por todos os profissionais intérpretes de Libras no câmpus, cujas competências são tratar das diversas formas de acessibilidade às pessoas surdas, sendo elas graduandos, pós graduandos, docentes, técnicos ou cientistas, elaborar planos de acessibilidade quanto a materiais e romper quaisquer barreiras acadêmicas às pessoas surdas, bem como deliberar sobre as questões profissionais dos Tils, seus direitos trabalhistas e direito da Comunidade Surda e do Povo Surdo.

Abraham Weintraub, ex-Ministro da Educação, durante 14 meses à frente da pasta prestou um desserviço à Educação Pública brasileira, culminando na portaria 545 do MEC, em seu último ato como ministro, retirando o direito às cotas nos cursos de pós graduação a discentes negros, indígenas e pessoas com deficiência. Weintraub ignora o direito das minorias e vem em contrapartida às diversas medidas adotadas nos últimos anos, as quais fizeram com que no ano de 2019, pela primeira vez na História da Educação Brasileira, estudantes negros fossem maioria dos acadêmicos em Universidades Públicas, assumindo 50,3% das vagas. Nos últimos cinco anos a Unesp – Câmpus de Marília teve em seu quadro de discentes seis alunos surdos nos cursos de graduação da instituição e um discente surdo na pós graduação.

A luta pelo direito ao acesso e permanência desses estudantes não pode ser desmerecida por uma medida autoritária do ex-ministro da Educação. Dessa forma, REPUDIAMOS a portaria 545 do MEC ressaltando sua ilegalidade e inconstitucionalidade e nos colocamos em comunhão com os diversos órgãos, colegiados e coletivos de pessoas com deficiência, índios e negros pela luta da igualdade social e racial em nosso país. A luta é de todos.

Desejamos uma Educação Pública e de qualidade a todos os cidadãos brasileiros. Jéssica Roberta da Silva Corrêa João Henrique Bonini do Nascimento Julía Carolina Martins Pereira Maria Luisa de Castro Santos Marcelo Henrique Faustino Candiotta Tradutores Intérpretes de Libras da Unesp/Câmpus de Marília







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