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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Empresa envolvida em fraudes e desvios de bilhões no BNDES faz doações para o SAMU em Marília


A JBS (empresa envolvida em escândalos e crimes de cerca de R$ 30 bilhões no BNDES) entregou cinco eletrocardiógrafos com carrinho à Prefeitura Municipal de Marília (SP). Essa nova doação da empresa para a cidade está dentro do programa “Fazer o Bem Faz Bem – Alimentando o Mundo com Solidariedade”.

Neste mês, a mesma instituição também recebeu cinco desfibriladores, enquanto foram entregues à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Marília 60 estetoscópios, 30 litros de álcool em gel, 6 mil sacos de lixo e mais de 51 mil equipamentos de proteção individual (EPIs), como aventais, luvas de procedimento, máscaras cirúrgicas e N95, toucas e viseiras faciais.

Marília é um dos mais de 200 municípios que serão beneficiados pelo programa no Brasil. No Estado de São Paulo, a JBS fará a doação de R$ 39 milhões, sendo R$ 10 milhões para o Estado e R$ 29 milhões para 34 cidades paulistas, beneficiando mais de 18 milhões de pessoas.

“Fazer o Bem Faz Bem – Alimentando o Mundo com Solidariedade”

Os R$ 400 milhões que serão doados pela JBS contra a pandemia no Brasil serão aplicados nas três frentes de atuação do programa – saúde, assistência social e ciência. A estimativa é que mais de 63 milhões de pessoas sejam beneficiadas com as ações.

A alocação dos recursos considera um diagnóstico feito com sistemas de saúde municipais e estaduais e incluiu entrevistas e análise de dados. Essas informações foram avaliadas por especialistas dos três comitês independentes do programa da JBS nas áreas de saúde, social e ciência e que, com larga experiência em seus respectivos setores de atuação, apoiaram na definição das ações e projetos atendidos.

DESVIOS DE BILHÕES NO BNDES


O Ministério Público Federal protocolou ação civil pública por improbidade administrativa contra 14 pessoas e as empresas JBS (JBSS3) e J&F Investimentos por fraudes no sistema BNDES/BNDESpar para favorecer o grupo e facilitar o processo de internacionalização da empresa, destacou a autoridade em nota.

Além da condenação por improbidade, o MPF pede a devolução de de mais de R$ 21 bilhões (valores não atualizados).

As irregularidades ocorreram entre 2007 e 2011.

Segundo o MPF, houve ainda dano advindo do pagamento de ‘taxas de administração’ pela adesão injustificada e antieconômica ao Fundo FIP Prot em valor superior a R$ 20,5 milhões e o dano decorrente da dispensa indevida da cobrança de juros no empréstimo do BNDES à empresa JBS, em 2005, para a compra da empresa argentina Swift por R$ 69,74 milhões atualizados, totalizando um prejuízo de R$ 4,2 bilhões ao banco público.

Entre os envolvidos estão o ex-ministro Guido Mantega e seu filho, Leonardo Mantega, o ex-deputado federal Antônio Palocci, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, os irmãos Joesley, Wesley e Junior Batista, técnicos do BNDES e operadores ligados à JBS.

Em março, o MPF apresentou denúncia por fraudes no sistema que teriam gerado prejuízos. A ação apontou manobras praticadas em um projeto de internacionalização do grupo JBS.

Vale ressaltar que todos os investimentos do BNDESPAR na JBS ocorreram a valores de mercado e em consonância com a legislação vigente. A JBS tem absoluta convicção em afirmar que todos os negócios feitos com o BNDESPAR foram realizados com total transparência, seriedade e lisura.

Cumpre informar que os investimentos do BNDES na Companhia foram de R$ 5,6 bilhões e tiveram um retorno expressivo para o banco, sendo que R$ 5,1 bilhões foram recebidos por meio da vendas de ações e recebimento de dividendos e sua participação atualmente equivale a R$ 15,4 bilhões, totalizando um retorno de R$ 20,5 bilhões. (Fonte: Agências)

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