O vereador José Carlos Albuquerque (PSDB), presidente da Comissão Processante aberta pela Câmara de Marília para apurar quebra de decoro parlamentar pela vereadora professora Daniela Alves (PL), disse nesta quinta-feira (3) ao JP que pretende concluir os trabalhos "o mais rápido possível". O prazo para o término da CP é de 90 dias, prorrogável, caso necessário, por igual período.
"O foco da CP é a quebra de decoro da vereadora", disse Albuquerque, admitindo a possibilidade da não convocação da tenente coronel PM Márcia Cristina Cristal para depor, assim como o policial militar Alan Fabrício Ferreira, personagens da polêmica "carteirada". "A questão deles é do comando-geral da PM, que já abriu inquérito policial militar para apurar os fatos. Nosso foco
O presidente da CP pretende se reunir na Câmara com o relator, vereador Mário Coraíni (PTB) e com o vogal da Comissão, vereador João do Bar (PP) na tarde desta sexta-feira (4). "Para isso, precisamos receber do presidente da Casa, Marcos Rezende, os termos oficiais da aprovação de abertura da Comissão", explicou.
Albuquerque disse que pretende solicitar a quebra do sigilo telefônico da vereadora para ter acesso ao conteúdo do áudio da conversa dela com a tenente coronel, no momento da ocorrência (madrugada do dia 16 de agosto). "Ela (a vereadora) já declarou em entrevistas que de fato ligou para a comandante da PM. Disse que foi como mãe, mas ligou. Queremos saber o conteúdo dessa conversa, mas só o fato de ter ligado e a comandante mencionado ela como vereadora na conversa seguinte, já indica tráfico de influência".