J. POVO- MARÍLIA
31 de Outubro, Dia Mundial das Cidades. E o futuro de Marília

Há tantas cidades no planeta quanto há de folhas numa floresta e isto faz de nós seres privilegiados: vivemos a nossa.
Estima-se que pouco mais de 4 bilhões de pessoas no mundo de hoje vivam em cidades – cerca de 55% da população total. Em 2050, seremos impressionantes 7.000.000.000!
A maior de todas as invenções humanas tem seu dia: 31 de outubro, o Dia Mundial das Cidades, definido em 2013 pela Assembleia Geral da ONU, data para refletirmos sobre como tornarmos nossas localidades ainda mais sociais e ambientalmente sustentáveis e o futuro dos nossos assentamentos urbanos.
Em outras palavras, nada mais nada menos que o como¬ combinarmos sustentabilidade, economia, necessidades sociais e crescimento urbano, tudo dentro do mesmo caldeirão, fazendo um agradável e apresentável prato a ser servido ao cidadão em vida coletiva - em sociedade.
Obviamente que não há receitas prontas e cabe a cada gestor definir o estilo de “refeição” (da mais sofisticada à mais humilde, cada qual na sua realidade e com suas limitações), inventando receitas exclusivas, combinando ingredientes típicos locais e acessíveis aos próprios bolsos (os desafios, forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma cidade suíça ou norueguesa são completamente distintos dos de uma outra nos africanos Malawi ou Moçambique), esforçando-se em bem cumprir seu papel, sempre indo além, elaborando e reelaborando aquilo que oferta e produz.
Aqui, vale a regra: ninguém faz nada sozinho. Justamente por isto, não há que se deixar a criatividade e as ideias propostas somente nas mãos dos gestores - normalmente propensos à técnica e, por este motivo e em alguns casos, até um pouco distantes das dores do cidadão.
Devemos juntá-las às nossas, seres comuns imersos na realidade concreta do dia-a-dia.
Quando comunidades urbanas se engajam na formulação de políticas públicas e gerem bem seus recursos financeiros, os resultados são mais inclusivos e duradouros.
Cidades bem-sucedidas e bem administradas reduzem muito eventuais riscos e tornam suas populações menos vulneráveis a quaisquer ataques, sejam os de ordem natural, sejam os resultantes de nossa influência humana.
Mais seguras, portanto.
Urbanistas e estadistas que tenham nas pessoas, nas suas gentes, o centro de todas as tomadas decisórias garantem novas formas de inclusão social, incorporando maior igualdade, acesso a serviços e novas oportunidades, adesão, compromisso e mobilização que refletem a diversidade de nossa terra.
Lembre-se: 31 de outubro é dia de aderir, comprometer-se e mobilizar em prol de nossa cidade.
Dia de pensarmos e propormos oportunidades. Pensarmos e propormos uma Marília ainda melhor: o futuro de nossa Cidade.
Por Marcos Boldrin
Secretário Municipal da Administração e Coronel PM da Reserva

