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  • Da redação /com informações do G1

Acusados de assassinar músico com "mata-leão" a caminho de clínica são libertados, na região


A Justiça concedeu nesta segunda-feira (12) habeas corpus para os dois homens acusados de assassinar o músico Roberto Padrenosso Filho, conhecido como Betinho.

Eles estavam presos preventivamente em Jaú. Os réus vão responder por homicídio, sequestro e cárcere privado em liberdade.

O crime aconteceu no dia 8 de novembro de 2021, quando o músico era levado pelos homens para uma clínica de recuperação em Valinhos (SP). O município fica a cerca de 220 quilômetros de Jaú. Betinho chegou morto a uma Unidade de Pronto-Atendimento da cidade. Segundo a advogada de defesa da irmã de Betinho, Daniela Aparecida Rodrigueiro, considerada assistente de acusação, a audiência de instrução dos quatro réus, Sérgio Ricardo de Lima, Marcos Vinicius Parim, Fernando Rodrigo Cesarino e Diego Henrique Corrêa, foi adiada. O quinto réu, Cleiton França da Silva, está foragido e é alvo de um processo separado. Ainda conforme a advogada, Diego e Fernando respondem em liberdade, sendo que Marcos Vinicius e Sérgio Ricardo estavam presos. Contudo, nesta segunda-feira, a Justiça concedeu a liberdade dos dois últimos. A audiência de instrução e julgamento dos quatro réus estava marcado para o dia 1º de dezembro, mas precisou ser adiada após a defesa do grupo alegar que a perícia dos celulares estava incompleta, já que áudios enviados por redes sociais não haviam sido transcritos. Os celulares foram enviados novamente para conclusão da perícia. A audiência deveria ouvir cerca de 30 testemunhas, para depois ocorrer o interrogatório dos réus. A nova data da audiência não foi remarcada. 'Mata-leão' O promotor Rogério Rocco Magalhães, do Ministério Público de Jaú, apontou na denúncia contra os quatro envolvidos na morte de Betinho que eles aplicaram um golpe de imobilização no pescoço da vítima, conhecido como “mata-leão” ou "gravata". Na denúncia, além do golpe de imobilização, Rocco descreve que o músico sofreu uma série de agressões que podem tê-lo levado à morte. “No trajeto, o paciente reagiu e tentou abandonar o carro, clamando por socorro. Diante disso, os denunciados passaram a agredi-lo, desferindo nele socos e chutes e imobilizando-o com uma ‘gravata’, provocando uma série de lesões corporais que levaram à morte”, diz o promotor na denúncia. Segundo o delegado responsável pela investigação, Aldo Eduardo Lorenzin, o inquérito sobre a morte e que apurava o envolvimento dos quatro homens que fizeram o transporte de Betinho foi concluído. Na denúncia, o promotor Rogério Rocco Magalhães narra que a irmã da vítima havia contratado os serviços da clínica para o tratamento do músico. Ainda de acordo com a denúncia, os trâmites foram acordados com um dos denunciados, que se apresentou como responsável pela área médica da clínica. No dia do ocorrido, os denunciados foram até a casa do homem e o obrigaram a entrar em um veículo. Ainda segundo o promotor, a intenção do grupo era levá-lo até a clínica, onde o paciente seria mantido em cárcere privado em troca de remuneração a ser paga pela irmã. Investigações Ainda segundo o delegado Aldo Eduardo Lorenzini, foram ouvidas testemunhas que perceberam a movimentação no carro em que Betinho estava próximo a um shopping. Todas as pessoas ouvidas deram as mesmas versões. "Elas contaram que Betinho pedia por socorro de dentro do veículo. Eles pararam o automóvel, retiraram ele, o agrediram e o imobilizaram. Depois o colocaram novamente no carro e foram embora", afirma o delegado. Já os quatro acusados disseram que Betinho se jogou do veículo. Ainda segundo a polícia, as pessoas que buscaram Betinho em Jaú não tinham habilitação e nem credenciamento para realizar esse trabalho. Além disso, o transporte foi feito em um veículo inadequado. A irmã de Betinho também prestou depoimento. Ela confirmou que foi responsável pela contratação da clínica de reabilitação e disse que não pôde acompanhar o transporte do irmão, portanto, não presenciou nenhum tipo de agressão. "Ela quem contratou a clínica e apenas disse que não pôde acompanhar a remoção de perto, mas que viu de longe, sendo que de início o Betinho teria relutado a ir, porém, acabou aceitando a remoção", explica Lorenzini.




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