
O adolescente de 15 anos que matou a ex-namorada de 14 anos, após o fim do namoro, se desentendeu e discutiu com a vítima após eles terem saído da escola onde estudavam, em Júlio Mesquita, por volta do meio dia desta terça-feira (23).
Procurado pelo JORNAL DO POVO, o advogado Ricardo Carrijo Nunes, que acompanha o caso, disse que o adolescente afirmou que estava indo para a escola portando uma faca em função dos casos de violência registrados em escolas pelo país.
"A menina dizia que ele não teria coragem de se matar e em meio à discussão, o adolescente desferiu a facada, mas não viu que matou a garota e saiu correndo, foi embora", disse o advogado. A menina chegou ser socorrida e encaminhada à uma unidade de saúde na cidade, mas não resistiu e faleceu.
Após deixar o local do crime, o garoto se escondeu. O pai dele o localizou e o levou para um local próximo ao trevo da BR-153 (entroncamento com a SP-333 - acesso a Marília).

Advogado dr. Ricardo Carrijo Nunes acompanha o caso
O advogado, então, foi acionado pela família e ao chegar no local, as Polícias Militar e Civil já estavam lá. "O garoto estava desorientado e muito trêmulo. Eu havia combinado com a corporação que ele viria para a CPJ com o pai e mãe em meu carro. Mas, notamos que ele apresentava ferimentos no tórax e no pescoço e nos pulsos, relatando que havia tentado o suicídio usando a mesma faca do crime", explicou o dr. Ricardo Carrijo.
O garoto relatou ainda que, durante a fuga, passou em uma construção e ingeriu um líquido branco, sem saber do que se tratava.
Diante da situação, o adolescente foi socorrido por uma unidade de resgate da Concessionária de rodovias e encaminhado ao Hospital das Clínicas em Marília, onde foi atendido e ficou em observação, sob escolta policial, sem risco de morte.
Após receber alta, o menor presta depoimento na CPJ. O pai dele trabalha em uma indústria de alimentos em Marília e a mãe é professora em Júlio Mesquita.


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