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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Após polêmica e atritos com vereadores, prefeito Daniel Alonso acabou embolsando o reajuste salarial


No mês passado, a Câmara de Marília aprovou Projeto de Lei que concedeu aumento de 25,5% no salário do prefeito Daniel Alonso (PSDB). Passou de R$ 17.529,50 para R$ 22 mil.

Um dia após a aprovação (13 de dezembro), Alonso sancionou o Projeto. No dia seguinte (14), os vereadores continuaram tomando pau nas redes sociais por conta da aprovação do pacotão de reajustes salariais (além do prefeito, os secretários também ganharam reajuste de R$ 9 para R$ 8.770,27 para R$ 12 mil mensais) a partir deste mês. Vereadores da próxima legislatura (2025/2028) também serão contemplados com salários de R$ 11.395,00, contra os atuais R$ 6.718,12.

Em meio à malhação dos nobres edis pela maioria da população, o prefeito anunciou que renunciaria ao reajuste salarial aprovado pela Câmara. Foi como jogar lenha na fogueira que queimava o Legislativo. Algo tipo: os vereadores fazem festival de aumentos de salários de políticos, mas o prefeito é o bom samaritano e não aceita tais benesses que engordariam os seus bolsos.

Na manhã seguinte (16), a maioria dos vereadores se reuniu na Câmara para "discutir o assunto". O prefeito ficou sabendo do encontro e suspeitou de uma "rebelião". Enquanto os edis debatiam o tema, as orelhas dele arderam. Ligou várias vezes para o presidente do Legislativo, Marcos Rezende (PSD), mas as ligações (confirmadas por um vereador que participou do encontro) caíram na caixa postal.

Até que, dada a insistência, uma delas foi atendida por Rezende. O prefeito então, como se diz na gíria, descarregou um caminhão de melancias em cima do presidente da Casa, criticando o aumento do seu salário. Seguiu-se uma discussão cujo teor não foi autorizado a ser divulgado pela fonte do JORNAL DO POVO.

Havia um entendimento nos bastidores que o prefeito poderia até optar por não receber o reajuste salarial (conforme prerrogativa a ele conferida no próprio Projeto de Lei aprovado) mas que o fizesse isso não no calor da polêmica sobre o pacote de aumentos, mas "alguns tempo depois".

Mas, tudo isso foi em dezembro e o clima natalino de confraternização acabou apaziguando os ânimos, com o prefeito indo tomar um cafezinho e fumar o cachimbo da paz no Legislativo.

No resumo da ópera, o reajuste no salário do prefeito se confirmou, ele jogou para as calendas gregas o anúncio oficial da renúncia do benefício e entrou em 2022, como diz a lendária música, com "muito dinheiro no bolso..."








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