Uma auxiliar de enfermagem de 42 anos, contratada pela Maternidade Gota de Leite para prestar serviços em USFs e está afastada do serviço há 34 dias por licença médica com atestados por depressão grave, relatou ao JORNAL DO POVO ter sido "debochada e destratada" por uma médica durante avaliação médica para eventual retorno ao trabalho, na manhã desta terça-feira (1°).
"A médica que faz avaliação na Gota de Leite é dermatologista. Quando eu disse que tenho pensamentos de suicídio e poderia praticar o ato batendo minha moto na rodovia ou me enforcando, ela deu risada na minha cara. E continuou assim durante o atendimento, até que não aguentei e deixei a sala. Muito nervosa e abalada, fui amparada por uma enfermeira, que me deu apoio", afirmou. Ela cursa o segundo ano de enfermagem com bolsa de estudos.
A profissional trabalha na Maternidade há seis meses e saiu de licença médica no dia 27 de maio, após apresentar três atestados médicos com CID de depressão grave. Está recebendo pelo INSS, onde aguarda perícia. Deve retornar para avalição na Gota de Leite nesta quarta-feira (2).
"Hoje (terça-feira), fui fazer a avaliação na Gota de Leite e aconteceu isso. Depressão é uma situação horrível, não consigo me levantar e isso não se cura com Dipirona. É uma dor na alma que quem passou por isso e conseguiu sair, sabe como é. Depressão não é frescura. Falam tanto em saúde mental, mas só no papel, mas na prática o que acontece é isso, ironizam a situação, como aconteceu hoje na Gota de Leite", afirmou.
A profissional é mãe solo, tem um filho e reside em conjunto de apartamentos populares da zona leste da cidade. Ela disse que comunicou o caso ao Conselho Municipal da Saúde (Comus). "Estou aguardando as providências".
NOTA DA MATERNIDADE GOTA DE LEITE
O JORNAL DO POVO encaminhou demanda sobre o caso à assessoria de imprensa da Maternidade Gota de Leite, que respondeu com a seguinte nota:
"A colaboradora mencionada foi devidamente atendida e orientada pela equipe da Maternidade Gota de Leite, conforme os protocolos assistenciais estabelecidos.
Esclarecemos que as avaliações de retorno ao trabalho são realizadas exclusivamente por médicos especialistas em Medicina do Trabalho, integrantes do SESMT da instituição.
Por fim, informamos que, por respeito à confidencialidade e aos nossos procedimentos internos, não prestamos informações sobre situações envolvendo atendimentos individuais".
Boa tarde gostaria de deixar meu comentário. Sou ex funcionária da Maternidade trabalhei por quase 4 anos me afastei por 2 anos por motivo de doença e quando voltei pedi para não voltar na mesma função aliás não podia voltar na mesma função e a pessoa que se dizia ser do RH mais não era nem se quer uma pessoa de RH pq era uma Enfermeira disse que eu teria que voltar para minha função que nem era para a função qual fui contratada,por fim eu não estando bem de saúde e com minhas funções psicológicas abaladas pedi a conta do trabalho pq pensa em uma empresa que não presa pelo bem estar dos funcionários é está que está aí…