A Corregedoria Geral do Município abriu processo administrativo em regime de urgência para investigar denúncias sobre uma auxiliar de desenvolvimento escolar acusada de agredir crianças em uma Emei Creche em Marília. O nome da acusada e da escola não foram divulgados na portaria publicada na edição do Diário Oficial do Município desta sexta-feira (29).
Conforme os termos da portaria, uma funcionária procurou a direção da Emei Creche e relatou que a acusada estava maltratando as crianças com beliscões e puxões de cabelo. No mesmo dia a direção da escola conversou com outra funcionária, que confirmou os relatos e disse que presenciou também a acusada batendo com o sapato no pé de uma criança porque não queria calçar.
Citou ainda alguns casos em que a criança bate, empurra ou puxa o cabelo do colega e a acusada reproduz na própria criança dizendo que é para ela aprender.
Relatou o ocorrido em um dia que no horário do almoço dela, quando estava no banheiro externo, e ouviu uma criança chorando bastante e ficou desconfiada.
Posteriormente a acusada relatou que beliscou a criança e que levou um susto quando uma coordenadora da escola se aproximou para saber o que estava acontecendo.
Pontuou que geralmente isto ocorre quando a professora não está, mas teve um dia que a professora viu a acusada puxando o cabelo de uma criança.
A coordenadora pedagógica confirmou que se dirigiu a sala do nível 1 B para verificar o choro de uma criança, porém a acusada disse que ela havia acordado chorando e que estava tentando faze-la dormir novamente.
Outra professora confirmou sobre o dia em que uma criança estava chorando por causa de uma disputa de brinquedo e que viu que a acusada fez um gesto que a fez ficar desconfiada de ter puxado o cabelo da criança, pois a mesma chorou com mais intensidade.
Relatou que teve um outro dia que também ficou desconfiada, pois a acusada estava fazendo uma criança dormir, a qual estava chorosa e viu
que passou a chorar mais intensamente. Então a professora foi até a criança e perguntou se havia acontecido alguma coisa. A professora afirmou também que a criança respondeu “mão”, “mão” e que verificou que na mão dela tinha um local parecendo picadinha avermelhada, por isso perguntou para a acusada se sabia o que havia acontecido e a mesma respondeu que poderia ser picada de bicho.
Os fatos aconteceram no mês passado e a portaria publicada hoje cita que "considerando que as supostas vítimas são crianças indefesas as quais não conseguem se defenderem nem procurarem ajuda de terceiros, fica instaurado Processo Administrativo Disciplinar em regime de URGÊNCIA em face da servidora H.A.P.C., Auxiliar de Desenvolvimento Escolar, admitida em 1/11/2022 e em estágio probatório, lotada na Secretaria Municipal da Educação, por suposta infração disciplinar tipificada, oportunizando-se o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa à servidora acusada".
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