Presidente da Câmara, Marcos Rezende, a diretora-geral da Câmara, Carla Farinazzi
e a vereadora Vãnia Ramos na coletiva desta sexta-feira
O presidente da Câmara de Marília, Marcos Rezende (PSD), fez uma explanação à imprensa na manhã desta sexta-feira (19), sobre a abertura de processo licitatório para a construção de um novo prédio para o Legislativo. "Não sairá um centavo dos cofres púbicos para esta construção", afirmou ele.
O novo prédio será edificado no sistema "built to suit" ( "construído para servir") que vem sendo adotado em todo o país, com maior frequência nas obras públicas, inclusive pelo Ministério Público e Tribunais de Justiça.
O Edital que faz a convocação de investidores interessados na construção do novo prédio já está disponível no site da Câmara. O terreno para a construção fica no final da Avenida Presidente Roosevelt (a cinco minutos do centro da cidade) e foi cedido à Câmara pela Prefeitura em 2015 (em troca do Estádio Municipal, que pertencia ao Legislativo e passou para a Prefeitura).
O sistema "built to suit" funcionará, de forma sintetizada, da seguinte forma: os investidores participarão do pregão licitatório no próximo dia 19 de março.
Quem oferecer o menor preço para a construção do prédio (mediante apresentação de pré-projeto obedecendo as especificações (memorial descritivo) e exigências da Câmara) vencerá o certame. A Comissão de Obras do Legislativo (formada pelos vereadores Luiz Nardi, Evandro Galete e Júnior da Batista) vai acompanhar tecnicamente o processo. A Câmara estima que a construção do prédio custará entre R$ 17 a R$ 20 milhões. A previsão é que o prédio esteja pronto até o final do próximo ano.
A expectativa é que a oferta vencedora fique em torno de R$ 12 milhões. Após o término da construção, o investidor passará a receber aluguel por 240 meses. Terminado este prazo, o prédio será integrado ao patrimônio público.
O valor do aluguel mensal será de até 1% do valor da construção do imóvel, corrigido anualmente provavelmente pelo IGPM. No eventual caso de R$ 12 milhões, o aluguel poderá ficar entre R$ 80 a R$ 120 mil mensais, dependendo a proposta do investidor.
Rezende conversa com Carla Farinazzi, que coordena todo o processo
licitatório para construção do novo prédio da Câmara Municipal
JUSTIFICATIVAS
Rezende disse que o atual prédio da Câmara é, pelo projeto original, o primeiro andar da Prefeitura. O imóvel foi edificado na década de 50. Não tem nem o alvará do Corpo de Bombeiros (AVCB). "Hoje, não comporta mais a Câmara. Nos gabinetes dos vereadores, por exemplo, cabem no máximo duas pessoas. Em 1965, quando o Legislativo veio para cá, Marília tinha cerca de 90 mil habitantes. Hoje, são quase 250 mil e dentro de cinco a oito anos serão cerca de 320 mil habitantes. O novo prédio da Câmara (três vezes maior que o atual) vai acompanhar esta evolução da cidade e proporcionar um melhor atendimento para a comunidade", explicou o presidente da Casa. O estacionamento do novo imóvel deverá ter cem vagas. "Hoje, é praticamente impossível estacionar na região do atual prédio", observou.
Rezende disse que com a mudança para o novo prédio, o imóvel alugado para a TV Câmara e para a biblioteca do Legislativo (em frente a Câmara) também será desativado. Com a devolução do primeiro andar, a Prefeitura poderá ocupar o espaço com diversos órgãos e secretarias que atualmente ocupam imóveis alugados. A Prefeitura aluga 60 imóveis com custo mensal de cerca de R$ 500 mil com alugueis. "Ou seja, vamos gerar uma grande economia para os cofres públicos", explicou.
A vereadora Vânia Ramos (Republicanos) participou da coletiva de imprensa e parabenizou a iniciativa de Rezende. "Este é um sonho antigo de todos e um passo importante para a evolução do Legislativo e melhor atendimento à população".
SEM AUMENTO DE VEREADORES