A Câmara de Marília votou e rejeitou na sessão desta segunda-feira (27), pedido de abertura de Comissão Processante contra o vereador Júnior Féfin (União) por quebra de decoro parlamentar. O pedido de CP foi protocolado pelo vereador Sérgio Nechar (PSB) que se sentiu ofendido pelo acusado. Foram 10 votos contra o pedido e dois a favor.
Luciano Fontana, suplente de Féfin, foi convocado para voltar a questão, hoje, já que pelo Regimento Interno. Ele votou a favor da abertura da CP. Fábio Protetor, suplente de Nechar, convocado pelo mesmo motivo, não compareceu na Câmara.
O vereador Marcos Rezende (PSD) pediu vistas do pedido e adiamento do mesmo para após as eleições de outubro, mas o presidente da Casa, Eduardo Nascimento (Republicanos) rejeitou sob justificativa que essa questão não consta no Regimento Interno. Rezende anunciou que vai levar o caso à Justiça.
Após uma sessão em abril, em que foi rejeitado pedido de CP contra o prefeito Daniel Alonso (PL). Féfin contestou a rejeição do pedido, na época, e chamou Nechar de "puxa saco" do prefeito e mandou o mesmo "está ajudando a acabar com essa cidade" e mandou o companheiro "recolher-se à sua insignificância", entre outros termos considerados pejorativos por Nechar na representação. Féfin disse ainda que tinha nojo do companheiro. Os dois sentam-se lado a lado na bancada.
Nechar protocolou o pedido de abertura de CP contra Féfin em abril, com base na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno. Mas o mesmo foi engavetado por Eduardo Nascimento.
Inconformado com a decisão, Nechar recorreu à Justiça. Na última quinta-feira (23) a Vara da Fazenda Pública de Marília mandou Nascimento colocar o pedido de Nechar para votação em plenário.
POSSE COM DECISÃO JUDICIAL
Nechar assumiu o cargo de vereador em fevereiro de 2023, após a morte do vereador Ivan Negão (PSB) de quem era suplente. Na época, Nascimento rejeitou dar posse a Nechar, "entendendo" que Nechar havia saído do partido pelo qual foi eleito e a vaga seria segundo suplente da legenda, Fábio Protetor.
Nechar ingressou com ação judicial e Nascimento foi obrigado a empossá-lo.
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