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  • Por Adilson de Lucca

Cachorrinha resgatada por ONG foi "tratada" com querosene. Menor seguiu orientação de uma vizinha


O caso da cachorrinha vítima de maus-tratos, resgatada pela ONG Spaddes (Proteção Animal) de Marília nesta segunda-feira (6), em Garça, teve um reviravolta nesta terça-feira (7).

Após o resgate, a Polícia Civil, que acompanhou a diligência de representantes da ONG, aguardava a apresentação do dono do animal. O homem não estava na residência, localizada na Rua Vereador Dirceu Lopes Garrido, no Bairro São Lucas, no momento do resgate.

O animal apresentava espécie de sarnas pelo corpo e estava sem alimentação. A situação de maus-tratos foi comprovada por um médico veterinário que acompanhou as diligências.

Entretanto, quem compareceu na Delegacia de Polícia de Garça nesta terça-feira foi uma menor de 16 anos de idade, dona da cachorrinha, e a mãe dela.

A garota relatou ao delegado Adriano Marreiro que no início do ano uma cachorra da sogra dela deu cria e ela pegou um filhote, dando o nome de Bolinha.

Há algumas semanas, Bolinha apresentou problemas de alergia e os pelos chegaram a cair. Então, uma vizinha, que dá comida para cachorros na calçada, deu um remédio para passar na cachorrinha.

A garota relatou que a princípio, o remédio fez efeito, mas quando os ferimentos estavam secando, surgiram novas feridas no corpo do animal. Daí, a vizinha achou que era "bicheira" e deu um pote com querosene para a menor passar na cachorrinha.

Isso foi feito e o animal piorou, apresentando queimaduras na pele. Uma outra vizinha ofereceu ajuda e acionou um veterinário, o qual fez exame de sangue e aplicou uma injeção na cachorrinha. O resultado foi que o animal piorou mais ainda.

A menor relatou que ela e o marido (o casal tem uma criança) passam por extremas dificuldades financeiras e não tem condições de arcar com o tratamento da cachorrinha. Ela iniciou uma campanha para arrecadar dinheiro e tratar do animal.

Disse que nesta segunda-feira, ao chegar em casa no final da tarde, soube que a polícia esteve em sua casa e a cachorrinha foi levada.

A mãe da garota, de 38 anos, ratificou as declarações da filha na Delegacia. A menor se comprometeu a comparecer a todos os atos judiciais que for convocada.

Agora, a vizinha que deu o querosene para a menor passar na cachorrinha deverá ser intimada pela polícia para dar explicações e poderá ser indiciada por maus-tratos a animais.

A cachorrinha foi recolhida ontem pelo diretor da ONG Spaddes, Gabriel Fernando e encaminhada às pressas para tratamento médico. Seu estado de saúde é considerado gravíssimo, correndo até risco da necessidade de transfusão de sangue e pode ir a óbito.



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