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  • Adilson de Lucca

Caminhoneiro flagrado em Marília com quase 2 mil tijolos de maconha em carga de arroz é condenado a mais de 16 anos de cadeia e multa de R$ 580 mil


Um caminhoneiro flagrado transportando tijolos de maconha em meio à carga de arroz, na SP-333, em Marília, foi condenado a 16 anos e 8 meses de cadeia em regime fechado, além do pagamento de multa de cerca de R$ 580 mil. A decisão é do juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso. O acusado segue preso.

O CASO

Conforme os autos, Claudinei Narcizo, no dia no dia 8 de novembro de 2023, por volta das 21h, na Rodovia SP-333, em Marilia, transportava 1090 tijolos de maconha em meio à carga de arroz em um caminhão Scania/R440, com placas de Santa Terezinha do Itaipu (PR).

Na ocasião, o motorista foi abordado por Policiais Civis de Barueri (que investigavam o tráfico interestadual de drogas) que, em razão de outras investigações, detinham informações sobre o transporte. Após vistoriar a carga, os Policiais encontraram as drogas. Informalmente, o acusado disse aos policiais que teria recebido R$ 10.000,00 para realizar o transporte das drogas entre os municípios de Foz do Iguaçu-PR e Uberlândia-MG

Um investigador de polícia, em Juízo, relatou que receberam a informação, informaram ao chefe e localizaram o caminhão. No local, o motorista estava bem tranquilo. Abordado, já disse que realmente tinha as drogas por cima da carga. Não esboçou nenhuma situação atípica, agressiva. Abriu apenas um pedaço da lona para constatar onde estava a droga, que, dessa vez, não tiveram preocupação para escondê-la, estava jogada por cima.

O acusado foi explicito em dizer: "caiu, caiu, estou com droga ali, tenta me adiantar", informando que a mãe morreu, estava sem de dinheiro e tentou no frete ganhar mais dinheiro.

DEFESA

O réu, interrogado em Juízo, disse que no dia 7, seu sobrinho o contatou para efetuar um carregamento, e fazer uma viagem. Foi até a casa dele, pegou o caminhão e levou até a transportadora para efetuar o carregamento. Deixou o caminhão lá, e saiu com ele em busca de umas peças.

No retorno, o caminhão já estava embalado. Achou que iria dar início à viagem, mas, quando estava saindo de Foz de Iguaçu/PR, foi solicitado para levar o caminhão até uma auto elétrica na cidade vizinha. Deixou o caminhão na auto elétrica fazendo os consertos e foram almoçar no posto ao lado. No retorno, seu sobrinho pediu para levar o caminhão na mecânica. Depois, pediu para deixar o caminhão no posto, que não era mais viável viajar naquele horário, pois já era tarde.

No dia 8, deu início na viagem, porém, o sobrinho pediu para carregar alguns pneus para ele, próximo a Itaipulândia/PR. Pediu para carregar esses pneus e mudar a rota, porque, até então, ia pela rota que passava por Frutal/MG, não por Marília/SP e Franca/SP. Parou e fez o carregamento dos pneus para ele, foi tomar café enquanto carregavam o caminhão. Só parou nas redondezas de Campo Mourão/SP próximo ao meio dia, para abastecer e foi abordado à noite pelos 3 rapazes. Foi solicitado que descesse do caminhão, averiguado que não portava nada e começaram a questionar o que teria no meio da carga. Até então, disse que não sabia o que teria ali na carga, que possivelmente poderia ter uns pneus que o proprietário havia pedido para carregar.

Reforçou que não sabia o que tinha ali, que a princípio seria só os pneus. Foi solicitado que retirasse o caminhão do acostamento e que levasse até a cidade de Barueri/SP. Um policial adentrou o caminhão escoltando, enquanto foi dirigindo. Momentos antes de chegarem em Bauru, foi solicitado para o terceiro rapaz adentrar ao caminhão para seguir percurso.

Chegaram em Barueri amanhecendo o dia, foi colocado em uma cela, deixado lá enquanto eles desceram e descarregaram o caminhão e não presenciou o descarrego. Certo tempo depois, apareceu um rapaz se passando por advogado e que iria resolver o caso, pediu seu endereço para enviar seus pertences. Passou pelos procedimentos e no outro dia, retornaram ele para Marília.

Negou ter dito aos policias que recebeu R$ 10.000,00 para realizar o transporte entre Paraná e Minas Gerais.


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