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CASO CAROLINA: celular e tablet de estudante são apreendidos pela polícia

  • Adilson de Lucca
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Carolina tinha 23 anos e, no dia 15 de maio, foi encontrada desacordada por um amigo, que realizou o socorro médico. Ela foi levada para a Santa Casa de Marília, onde foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com um quadro compatível com intoxicação aguda, que incluía vômitos, diarreia e taquicardia, além de estar com sinais de desidratação.

O caso foi inicialmente registrado como suicídio, mas o pai da estudante alega que o então namorado de Carolina teve influência direta na morte da filha.

A delegada responsável pelo caso, Darlene Costa, informou que o inquérito foi instaurado para apurar os crimes de aborto provocado (feito em 2024) e possível induzimento ao suicídio, que teriam sido cometidos pelo então namorado da estudante.

Conforme o boletim de ocorrência, a equipe do hospital não soube especificar o que provocou o quadro de Carolina, mas informou a possibilidade de intoxicação alimentar ou exposição a substâncias tóxicas. Ela não resistiu e morreu no mesmo dia em que foi internada.

Um exame toxicológico deverá apontar a causa da morte. Um frasco - segundo o pai, encontrado pelo amigo que socorreu Carolina -, foi apreendido para passar por perícia.

Um inquérito foi instaurado no dia 26 de maio para apurar os crimes de aborto provocado, supostamente realizado em 2024, e possível indução ao suicídio, que teriam sido cometidos pelo ex-namorado da jovem.

A apreensão dos dispositivos foi confirmada ao g1 pelo pai da estudante, o advogado Fauez Zar Junior.

Segundo ele, os aparelhos continham arquivos, capturas de tela de conversas em aplicativos de mensagem e outros materiais que apresentariam a versão de Carolina sobre os fatos que antecederam sua morte.

“Ela fez um dossiê com, acho que umas 65 páginas, tudo com mensagens e explicações. Ela pegava uma mensagem, puxava um balãozinho... Deixou gravado um áudio de 17 minutos, como se fosse o depoimento dela”, contou o advogado.

De acordo com Zar, no material, Carolina relata que teria sofrido o aborto induzido e provocado pelo então namorado.

"Ele fez o aborto com as próprias mãos... Ele deu pra ela [o remédio] e depois, ficou forçando a barriga dentro de um hotel", afirmou o pai.

Ainda segundo ele, o quadro depressivo que Carolina enfrentava também teria sido agravado pelo comportamento do ex-companheiro.“Ele falou pra ela: ‘Vamos tirar [o feto], a gente termina os estudos, depois casa e tem um filho’. E aí, depois que o aborto aconteceu, ele começou a dar as costas para ela. Foi aí que ela entrou em depressão”, relatou.





 
 
 

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