Caso Spila: 30 anos do mais emblemático crime de execução da história de Marília
- J. POVO- MARÍLIA

- 30 de set.
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Setembro marcou 30 anos de um dos mais emblemáticos crimes de execução da história de Marília: o chamado caso Spila. Na noite de 21 de setembro de 1996 (um sábado), por volta das 19h, o empresário Luiz Augusto Spila e o engenheiro químico Murilo Mendes Benincasa foram executados a tiros quando caminhavam pela pista de cooper da Avenida das Esmeraldas.
O alvo dos criminosos era Luiz Augusto. Benincasa foi morto circunstancialmente. A perícia constatou 16 tiros, disparados por uma pistola 9 milímetros.
A polícia localizou os corpos após ser avisada do crime através de um telefonema anônimo. A hipótese de ter havido um assalto foi descartada, porque nenhum objeto foi roubado das vítimas.

Avião e motocicleta usados na execução foram apreendidos pela polícia
MANDANTES
A partir do crime, foram ao menos três anos de complexas investigações, com diversas linhas de atuação que formaram um processo de 4,4 mil páginas. Diversos acusados pela execução foram presos e condenados a penas de até 35 anos de reclusão.
Mas, os mandantes do crime nunca foram descobertos, apesar de inquérito nesse sentido. A expectativa das famílias da vítimas era que, após condenações, os envolvidos revelassem os mandantes. Mas isso nunca aconteceu.
Um avião e uma motocicleta usados no crime forma apreendidos em um hangar no Aeroporto de Garça. O avião, segundo as investigações, foi usado para buscar e dar fuga aos pistoleiros e parte dos executores do crime em Ponta Porã (MS). Entre eles um pistoleiro conhecido como Pedro Barriga.

Familiares e amigos das vítimas em busca de justiça, na época
CAMINHADA APÓS O FUTEBOL
Spila e Benincasa haviam saído da casa do então juiz de direito Décio Divanir Mazeto, próxima à pista de cooper, onde costumavam participar partidas de futebol society. Mazeto costumava acompanhá-los nas caminhadas.
Mas, naquela noite, por outros compromissos, não foi. Tempos depois, comentou com o editor do JORNAL DO POVO. "Meu anjo da guarda estava de plantão naquele dia".
Spila era proprietário de uma fábrica de garrafas plásticas (a Spiltag), onde Benincasa trabalhava.

Reconstituição do crime na pista de cooper











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