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J. POVO- MARÍLIA
17 de mar. de 2021
3 min para ler
COLAPSO: Bebê com Covid espera vaga em UTI e cidades da região já adotam lockdown
Prefeitura de Lins já admite adoção de lockdown
A fila de espera de pacientes com Covid-19 por leitos de internação já é realidade nos serviços de saúde da região. Na noite desta terça-feira (16), em Agudos, dez pessoas aguardavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por vaga no sistema público hospitalar. Entre os pacientes, estava um bebê com menos de 1 ano de idade. Ontem, a cidade registrou três mortes pela doença.
De acordo com a Prefeitura de Agudos, o número de pacientes da cidade com Covid-19 que precisam de transferência dobrou em poucas horas. À tarde, eram cinco pessoas. À noite, esse número chegou a dez. Deste total, dois aguardavam leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "A criança não é caso de UTI", disse o município em nota.
No fim da noite, o prefeito Fernando Octaviani (MDB) postou vídeo em sua página no Facebook pedindo apoio da população. "Os hospitais públicos estão lotados. O Hospital Estadual está com 110% de ocupação. E, agora, também os hospitais particulares estão lotados. Não há mais vagas", declarou. Ele anunciou que, nos próximos dias, irá abrir oito leitos de enfermaria para Covid no antigo Pronto-Socorro.
"Por conta da sobrecarga no sistema de saúde, a Prefeitura de Agudos orienta que os cidadãos só procurem atendimento na UPA em casos de extrema necessidade e urgência, uma vez que a circulação de pacientes no local pode aumentar o contágio", diz. Para os demais casos, as referências são as unidades básicas de saúde. Já pacientes com sintomas gripais devem procurar o Centro Covid-19, de segunda a sexta, das 7h às 18h, no prédio anexo ao Hospital de Agudos.
LOCKDOWN EM CIDADES DA REGIÃO
A Prefeitura de Botucatu anunciou na noite desta terça-feira (16) que irá decretar lockdown nos próximos dois finais de semana com o objetivo de tentar reduzir a transmissão do coronavírus na cidade. Em Lins, a prefeitura irá se reunir com municípios da região nesta quarta-feira (17) para discutir o fechamento total dos serviços, de forma conjunta, por prazo mínimo de dez dias (leia mais abaixo).
"O agravamento do quadro em todo o estado de São Paulo em relação às taxas de ocupação de leitos de UTI e aceleração da transmissão do novo coronavírus trazem muita apreensão", declarou o prefeito de Botucatu, Mário Pardini (PSDB). Segundo ele, ontem, um hospital privado da cidade estava operando com 150% de ocupação de leitos de UTI.
Já o Hospital das Clínicas (HC) e o Hospital Sorocabana, recém inaugurado, estavam funcionando, respectivamente, com 113% e 70% de ocupação das UTIs. "Há necessidade de implementarmos medidas para redução da circulação de pessoas e, consequentemente, reduzir a transmissão do vírus em nosso município", declara Pardini.
Segundo o decreto, das 20h do dia 19 até as 6h do dia 22 de março e das 20h do dia 26 até as 6h do dia 29 de março, só poderão funcionar em Botucatu serviços emergenciais de saúde, como farmácias, hospitais e prontos-socorros. Serviços de alimentação, como supermercados, mercearias, hortifrutis e padarias, podem atuar apenas por delivery.
A circulação de pessoas será restrita aos serviços obrigatórios. "As pessoas deverão comprovar com documento o motivo da locomoção", explica o prefeito. "Medidas duras, mas que são necessárias para que nossa cidade não sofra um colapso no atendimento da saúde". De acordo com Pardini, a decisão conta com apoio do Sincomercio, Sincomerciarios, Associação Comercial e Empresarial de Botucatu (ACEB), e setores de indústrias, supermercados e postos de gasolina, além de instituições de saúde.
EM LINS
Em Lins, o prefeito João Pandolfi (PP) irá se reunir hoje com prefeitos de cidades da região para discutir a possibilidade de decretar um lockdown coletivo pelo prazo mínimo de dez dias. A intenção é fechar também supermercados, lotéricas e agências bancárias. A cidade registrou 41 mortes por Covid apenas nos últimos 15 dias. Conforme divulgado pelo JC, entre a meia-noite do último sábado (13) e a meia-noite de segunda (15), Lins e outros sete municípios - Promissão, Getulina, Guaiçara, Sabino, Cafelândia, Pongaí e Uru - suspenderam serviços não emergenciais para tentar conter o avanço da doença.