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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Com variante do coronavírus , Jaú aperta regras e decreta multa para quem não usar máscaras


Após a confirmação da nova variante do coronavírus em amostras coletadas de três pacientes de Jaú (147 quilômetros de Marília), a prefeitura reuniu-se com equipe técnica da área da saúde e, no fim da tarde desta segunda-feira (15), editou novo decreto que torna ainda mais rígida a fase vermelha na cidade. Até o próximo dia 22, compras e vendas na modalidade drive thru estão proibidas para qualquer atividade. De segunda à sábado, a venda de bebida alcoólica pode ocorrer somente até as 16h. Já os supermercados "ganharam" uma hora a mais de funcionamento e, agora, poderão abrir nos mesmos dias até as 20h. O delivery está liberado. O decreto estabelece que circulares deverão operar com apenas 30% de sua capacidade e que lojas de materiais para construção só poderão vender por delivery. A multa para quem não usar máscara de forma correta é de R$ 200,00. Empresários que não cumprirem as regras ficam sujeitos a multa de R$ 1 mil. O aumento nas restrições ocorre dois dias após a Prefeitura de Jaú divulgar que a variante brasileira do coronavírus, chamada de P.1, presente no Amazonas, foi identificada pelo Instituto Adolfo Lutz em três amostras de material genético coletadas de pacientes locais após recente aumento de casos da doença. Neste domingo, Prefeitura e Santa Casa de Jaú fizeram reunião emergencial para discutir o assunto. "É mais sério do que a população imagina", disse o prefeito Ivan Cassaro (PSD). "Temos trabalhado 24 horas por dia em prol da população de Jaú e de toda a região", afirmou Carlos Moreira, diretor técnico do hospital. O médico Christiano De Luca Nassif, responsável pelo Pronto-Socorro (PS), reconheceu a dificuldade que o isolamento impõe, mas pediu o apoio da população neste momento. "Com a confirmação dessa variante, a luta não muda, as medidas não mudam", ressaltou. "É preciso ter a conscientização e a ajuda de todos". Nesta segunda, o secretário de Saúde de Jaú, Rodrigo de Callis Brandão, reuniu-se com representantes da área da saúde de Bariri, Boraceia, Barra Bonita, Bocaina, Brotas, Dois Córregos, Itaju e Torrinha e falou sobre a necessidade da restrição da circulação nas cidades para evitar o aumento nos casos de Covid. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que, até o momento, "não há comprovações científicas de que esta variante seja mais transmissível ou provoque quadros mais graves, nem evidências referentes à capacidade de resposta imune das vacinas disponíveis". BAURU INVESTIGA SUSPEITAS

Após a circulação da variante brasileira do novo coronavírus, conhecida como P1, ter sido confirmada no Interior do Estado - inclusive na região -, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu encaminhar 50 amostras de material coletado de pacientes de Bauru para serem analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, na Capital. A expectativa é de que o resultado fique pronto dentro de uma semana, mas o secretário de Saúde, Orlando Costa Dias, adianta que esta nova cepa já pode estar sendo transmitida na cidade.

"Já temos casos em Jaú e Araraquara (leia mais nas páginas 12 e 14) e acredito que já haja em Bauru. A transmissão ocorre de forma muito rápida e queremos identificar o que está ocorrendo na cidade para tomarmos as medidas que forem necessárias", observa.

Foram encaminhadas amostras de pacientes de diferentes regiões da cidade e faixas etárias com confirmação de infecção por Covid-19. A investigação será feita por meio de sequenciamento genético do vírus, além de levantamento de históricos de viagens e contatos destas pessoas.

Até esta segunda-feira (15), 25 casos da linhagem brasileira já tinham sido confirmados no Estado, sendo 16 deles autóctones, ou seja, de pacientes que não viajaram ao Amazonas ou tiveram contato com moradores de lá, onde esta cepa foi descrita pela primeira vez. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, há casos confirmados na Capital, Jaú, Águas de Lindóia e Araraquara. Há, também, outras sete confirmações da variante britânica na Capital e em Sorocaba.

De acordo com Costa Dias, uma das principais preocupações é o comprometimento de pacientes jovens sem comorbidades, já que esta nova linhagem parece levar, com maior frequência, a quadros graves e até fatais em pessoas com este perfil. Acredita-se, ainda, que ela possa ser mais transmissível, com chances de também ser mais resistente às vacinas desenvolvidas até agora. "Pode ser que o nível de proteção diminua", acrescenta.

SEM COMPROVAÇÃO

Por meio de nota, o governo do Estado informou que, até o momento, "não há comprovações científicas de que sejam variantes mais transmissíveis ou que provoquem quadros mais graves, nem evidências referentes à capacidade de resposta imune das vacinas disponíveis". Apesar de acreditar que a nova cepa já circula em Bauru, o secretário municipal de Saúde também não considera que a maior letalidade da Covid-19 nesta primeira metade de fevereiro - já são 42 mortes em 15 dias no município (leia mais na página 6) - tenha relação com a variante.

"Acredito que ainda sejam casos de infecção entre o final do ano passado e início deste ano. As mortes ainda estão concentradas em moradores acima de 50 anos e com comorbidades. É algo que pode mudar, mas, até agora, não tivemos aumento do número de pacientes mais jovens com progressão ruim da doença", aponta.

Diante do cenário, Costa Dias revela que, nesta semana, pediu endurecimento das fiscalizações relacionadas à festas clandestinas e demais aglomerações e que, se a circulação da variante for confirmada na cidade, novas medidas poderão ser adotadas. Em Araraquara, por exemplo, a prefeitura decretou lockdown, restringindo, inclusive, a circulação de carros, bicicletas e pessoas a partir desta segunda (15). "Se começarem a existir muitos casos em Bauru, poderemos precisar tomar atitude parecida", completa o secretário.


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