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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

"Complicado e muito preocupante", diz secretário sobre aumento de casos de Covid e lotação de UTIs


O aumento de casos de Covid e doenças respiratórias continuam pressionando o sistema público de Saúde em Marília, incluindo Unidades de Saúde e hospitais.

Nesta segunda-feira (17), taxas de ocupação de UTIs/Covid chegaram a 96%. Boletim divulgado pela secretaria municipal da Saúde no final da tarde mostra 24 dos 26 leitos de UTIs/Covid disponíveis ocupados. Ou seja, até o momento da elaboração do Boletim, havia apenas duas vagas abertas.

Os 20 leitos de UTI do Hospital das Clínicas e 4 de UTI da Unimar lotados. Na Santa Casa havia dois leitos desocupados.

ENFERMARIA

Os leitos de enfermaria para Covid e doença respiratórias estavam com 100 de ocupação, sendo 22 no H.C e 6 na Santa Casa. O Hospital da Unimar não disponiblizou leitos de enfermaria.

PROVIDÊNCIAS

Diante da situação, ao secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior, decidiu hoje pela contratação de 30 novos leitos de enfermaria para doenças respiratórias (Influenza e síndromes gripais) no Hospital da Unimar.

"Uma nova portaria do Ministério da Saúde impede que pacientes com suspeita de Covid ocupem leitos de UTI. Devem ficar na enfermaria e caso confirmado e agravado o quadro de Covid, podem ser removidos para a Terapia Intensiva".

DEMANDA NO H.C

O secretário explicou que o Hospital das Clínicas (gestão estadual) reduziu de 44 para 32 e depois para 20 leitos de UTI/Covid, sob o compromisso de quando esses 20 leitos atingissem 80% de ocupação, voltaria a funcionar com 32 leitos de UTI. "Mas isso ainda não ocorreu, mesmo com 100% de ocupação dos 20 leitos", observou.

Novas regras da Direção Regional de Saúde (DRS - que administra o sistema estadual) definiu que os hospitais da região (englobando 62 municípios) atendessem apenas UTI Covid. Com isso, houve sobrecarga de pacientes também nos leitos de enfermaria do H.C, que é referência para a região.

"COMPLICADO E MUITO PREOCUPANTE"

Cassinho prevê "um final de janeiro complicado e muito preocupante", diante do alastramento dos casos gripais e de Covid em Marília. "Nós sabíamos que as aglomerações de final de ano, apesar de todas as recomendações, agravariam a situação no inicio deste ano. Mas ninguém, em nível nacional, esperava um aumento tão abrupto de casos e internações, como o atual quadro com a síndrome gripal e a Ômicron", afirmou ao JORNAL DO POVO.

O secretário disse que não há este ano o Plano São Paulo (regras do Governo do Estado que definem eventuais restrições). "Portanto, cabe a cada cidadão se proteger, usar máscaras, álcool em gel e manter distanciamento social, sem cumprimentos mais afetivos. Não tem outro jeito, é se cuidar, mesmo! Isso para que possamos impactar menos os serviços de saúde".

TESTES PARA BAURU

A secretaria municipal da Saúde está enviando cerca de 100 testes diários para o Laboratório Móvel do Butantan, que ficará instalado até o final do mês em Bauru.

No LabMóvel os testes de Covid são na modalidade RT-PCR, mais ágeis e em menos de 24h saem os resultados se positivo ou negativo e em até 5 dias qual o tipo de variante.

Atualmente, dos testes realizados, em média 50% têm apresentado resultados positivos e Marília está chegando a 40 mil casos positivos da Covid.

NOTA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

"O quadro demonstra taxas elevadas de ocupação dos leitos COVID. A principal referência para Marília e Região é o Hospital das Clínicas com 20 leitos de UTI e 22 de enfermaria, com capacidade de reconstituir 12 leitos, quando o indicador de ocupação chegasse a 80%.

Para os demais municípios ficou o compromisso de implantar e/ou pactuar leitos para acolher pacientes respiratórios (não COVID). Marília pactuou 30 leitos para outras síndromes respiratórias no ABHU, os quais estão disponibilizados a partir de hoje".


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