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Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Conselho de Arquitetura repudia ataque a profissional xingado de "macaco" por empresário, em Marília


Segue repercutindo o caso do empresário acusado de racismo por um arquiteto, em Marília. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP) emitiu uma nota repudiando o caso, onde om arquiteto foi xingado de “macaco” e ameaçado pelo empresário em áudios pelo WhatsApp, no início deste mês.

Em nota, o CAU-SP diz que repudia toda forma de preconceito, seja por etnia, gênero, orientação sexual, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. “O CAU-SP entende que uma convivência civilizada e produtiva entre os cidadãos, fundamental para o progresso do país, somente será possível com o fim de episódios como este”, finaliza. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil também compartilhou a nota do CAU-SP no perfil oficial nas redes sociais.

O arquiteto Pedro Leonardo Negreiros Bonani, de 28 anos, denunciou o episódio de racismo e ameaça que sofreu após pedir o conserto de problemas na casa em que mora, como infiltração, bolor e trincas, ao empresário proprietário do imóvel. O caso foi noticiado no dia 7 deste mês. Conforme Pedro explicou, há dois anos o imóvel comprado apresenta problemas, situação que piora com a chuva. Na conversa com o empresário Carlos Eduardo dos Reis, o arquiteto mandou um áudio e escreveu: "Eu não paguei a casa para viver nessas condições. Seja homem e tenha caráter de botar a mão no bolso e arrumar 'tudo' esses problemas." O suspeito irritado respondeu em tom de ameaça que iria "dar um pau" nele e iria até a porta da casa mostrar o quanto "é homem". O empresário ainda mandou áudios xingando o arquiteto de "vagabundo" e "macaco" (ouça o áudio no topo da reportagem). Pedro disse que não teve discussões anteriormente com o empresário, mas que, durante os anos, não teve os pedidos de resolver os problemas da estrutura da casa atendidos. O arquiteto, então, registrou o boletim de ocorrência e acionou os advogados por estar apreensivo após as ameaças. "Ser xingado de macaco é inadmissível e eu não vou deixar, ainda que eu tiver uma casa nova, isso não anula o crime que ele cometeu. Eu fui chamado de macaco. Minha esposa está grávida, o que complica bastante", lamenta.

DEFESA

O advogado João Simão Neto, que representa Carlos Eduardo dos Reis, divulgou em nota que "trata-se de um desentendimento passageiro, em razão de negócio imobiliário. Não houve qualquer intenção de ofender a honra, ameaçar ou mesmo de cometer o “suposto racismo em face de seu interlocutor”.

Conforme a defesa, Pedro ligou para Carlos, enquanto o mesmo estava trabalhando, sob um sol escaldante, em uma lavoura de milho. A defesa alega "que Pedro estava exaltado e passou a ofender Carlos impiedosamente".

A nota finaliza: “Portanto, não houve nenhuma intenção de depreciar a imagem ou cor de quem quer que seja, mas sim, um desabafo cheio de forte emoção e tentando repelir a injusta provocação, por via telefônica, que estava sofrendo. O Carlos sempre respeitou e respeitará a todos, independentemente de raça, cor, religião ou credo e certamente tudo se resolverá de forma civilizada e amigável”.




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