O corpo do do caminhoneiro Éder André Destro, de 45 anos, residente na Vila Jardim, zona oeste de Marília, ainda está no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte (MG), há quase um mês.
A família dele está desesperada pelo fato do corpo ainda não ter sido liberado, passados 20 dias da morte, por questões burocráticas.
Éder Destro morreu carbonizado em um acidente no dia 3 deste mês entre a carreta carregada de ovos que conduzia e dois caminhões na BR-153, em Frutal (MG - 298 quilômetros de Marília).
A batida envolvendo uma carreta carregada com ovos, um caminhão vazio, e outro transportando frangos congelados. Um familiar dele foi a Belo Horizonte, logo após o acidente e forneceu materiais genéticos para confirmação da identidade do pai.
INTERVENÇÃO
A expectativa da liberação surgiu na semana passada, após o prefeito Vinicius Camarinha intervir na situação. "Fiquei muito sensibilizado com a situação ao tomar conhecimento do caso. Nosso governo se coloca no lugar da família", disse o prefeito.
Ele afirmou que ligou por volta das 22h para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e tratou do assunto. "Passei todas as informações e o governador disse que na manhã da quinta-feira (17) tomaria as providências necessárias", explicou Vinicius.
Em entrevista a Amarildo de Oliveira, âncora do programa "Fala Cidade" (Rádios Clube FM e Itaipu FM), nesta terça-feira (28), o prefeito disse que manteve contato com um secretário de Estado de MG (designado para este caso) no começo da manhã de hoje para tratar do assunto, novamente. "Pelo que entendi, está havendo dificuldades para reconhecimento legal do corpo e estão buscando alternativas necessárias. Se não resolver hoje, podemos enviar uma equipe da Prefeitura para acompanhar o caso em Belo Horizonte. Esta situação nos causa incômodo, porque é uma questão de dignidade", disse o prefeito. Ele está em São Paulo, se recuperando de uma cirurgia que fez na sexta-feira (19) para retirada da vesícula.
SEPULTAMENTO COM DIGNIDADE
Dona Lúcia, mãe de Éder, fez um apelo emocionada recentemente, pedindo às autoridades de Minas Gerais a liberação do corpo de seu filho.
"Estou desesperada, meu filho está morto e toda a família sofrendo por causa dele. Em nome de Jesus Cristo, gente, ajuda, ajuda que vai dar certo pra nós sepultar ele dignamente", desabafou a mãe do caminhoneiro.
Ela disse que a esposa e os dois filhos menores (5 e 12 anos) também estão sofrendo muito desde a notícia da morte de Éder. "Ninguém imagina o nosso sofrimento. Estamos cansados de ligar lá (IML de Belo Horizonte) e não liberam o corpo do meu filho", disse dona Lúcia. Familiares já realizaram a missa de 7° dia.
O ACIDENTE
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as carretas bateram de frente e o terceiro não conseguiu frear, batendo também. Com o choque, os três veículos saíram de pista.
A carreta conduzida por Éder Destro, carregada com ovos, pegou fogo logo depois da colisão. Testemunhas informaram que Éder estava preso às ferragens, porém, os militares não conseguiram retirá-lo antes de ser atingido pelas chamas.
Depois que o fogo foi controlado, o corpo ele foi retirado do veículo e levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Frutal.
Nos outros dois veículos estavam três pessoas, sendo que duas delas foram socorridas em estado grave e levadas para o Hospital Frei Gabriel, também em Frutal. A terceira não se feriu.
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