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Por Adilson de Lucca

CRIME DO SACO: irmãs macabras eram donas de construtora em Marília


As irmãs Wânia Santos Silveira, de 52 anos, e Andréa Santos Silveira de Sousa, 49 anos, que praticaram o chamado crime do saco, que chocou Marília na semana passada, figuraram como sócias de uma construtora, com sede em Marília. A empresa, denominada As Meninas Construtora e Comércio Ltda., aberta em julho de 2011, teve baixa na Receita Federal em 2018.

A atividade principal da empresa era construção de edifícios e tinha email e telefones de contatos (fixo e celular) do canteiro de obras em Marília.

No apartamento onde elas moravam, no Condomínio Center Franco, no centro da cidade, foram encontradas pastas sobre empreendimentos imobiliários em Alphaville (Barueri).

BÍBLIA E POMBA DA PAZ

No apartamento de um quarto, sala, uma pequena cozinha e um banheiro, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), encontraram na noite da quarta-feira um cenário de roupas femininas pelo chão (não havia guarda-roupas no local), pétalas de rosas sobre uma mesa e armário.

O aposentado Donizete Rosa, de 60 anos, que foi torturado e morto pelas irmãs macabras, não tinha quase nada. Apenas umas roupas velhas e um notebook dele, que foi apreendido. A família reside em Gália (53 quilômetros de Marília).

Na porta de entrada do apartamento, do lado de fora havia um tapete com a inscrição bem-vindo e do lado de dentro um ornamento decorativo com a pomba da paz. Também encontraram uma bíblia sobre uma mala no chão.

Objetos que destoam muito dos requintes macabros e crueldade das acusadas ao amarrar as pernas, torturar e matar o idoso, que teve o corpo embalado e mantido no local por pelo menos uma semana e depois foi arrastado e abandonado em um saco cerca de 20 metros de distância do Condomínio, na madrugada da quarta-feira.

EMPRÉSTIMO DE R$ 25 MIL

Elas tentaram colocar a corpo embalado no porta-malas de um carro (possivelmente de aplicativo), mas o motorista recursou o transporte. A Policia ainda não identificou o motorista, portanto, não se tem o diálogo entre eles e as assassinas e se ele soube ou não que se tratava de um cadáver embalado.

Policiais da DIG, que desvendaram o crime em menos de 12h, encontraram no apartamento, que foi limpo após o crime mas havia marcas de sangue pelo local, um extrato de empréstimo consignado de R$ 25 mil em nome da vítima, feito há alguns meses em uma instituição financeira. A polícia vai apurar quem fez os saques na conta do aposentado.






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