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Denúncia de estupro complica a situação de psiquiatra acusado de importunação sexual contra pacientes, em Marília

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 17 de out.
  • 3 min de leitura
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A situação do médico psiquiatra, de 42 anos, acusado de importunação sexual contra pacientes em Marília se complica. Isso porque uma paciente procurou a Delegacia de Defesa da Mulher e relatou ter sido vítima de estupro.

O estupro teria ocorrido em agosto do ano passado após consulta. “Estava a noite e não havia mais ninguém no prédio. Ele me levou de volta para o consultório e estuprou. No momento eu travei, fiquei em choque, mas depois tentei empurrar ele, mas queria que aquilo acabasse logo. Foi um pesadelo. Por muito tempo me silenciei e tentei esquecer de tudo”, disse a vítima.

O médico investigado é casado e pai de dois filhos.

MÉDICO É BARRADO EM GARÇA E NA UNIMED

O acusado foi afastado do Caps de Garça, onde atuava. A decisão do afastamento foi da Prefeitura daquela cidade. A Unimed Marília também confirmou o afastamento do profissional de seus quadros de conveniados.

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PEDIDO DE PRISÃO

"Não posso afirmar no momento. Tudo depende do transcorrer do inquérito". A afirmação é da delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, dra. Darlene Rocha Costa Tosin, ao JORNAL DO POVO, sobre a possibilidade de pedido de prisão de um médico psiquiatra de 42 anos, acusado de importunação sexual contra pacientes. O crime prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão, de acordo com o artigo 215-A do Código Penal. Este crime é caracterizado pela prática de atos libidinosos contra outra pessoa sem o consentimento dela, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros.

Sete vítimas que já compareceram e prestaram depoimentos na Delegacia. Nenhuma delas se conhece e têm idades entre 20 e 40 anos.

RELATO DE UMA DAS VÍTIMAS

“No momento em que a gente se dirigia para porta foi quando ele me abraçou e me deu um beijo na boca, mas eu virei o rosto e ele ficou beijando o meu pescoço dizendo que eu era cheirosa. Eu fiquei sem reação. Eu me afastei dele naquele momento e eu olhei o profissional. Em que eu olhei, ele perguntou se eu era tímida. Eu fiquei sem reação, não sabia o que responder e eu só queria sair daquele atendimento. Eu estava indignada com aquilo.”

NOMEOU ADVOGADO

O médico, que tem clínica em um edifício no Bairro Salgado Filho, na zona oeste de Marília, ainda não foi ouvido no inquérito, mas já nomeou um advogado para acompanhar o inquérito.

A delegada disse que há caso ocorrido em 2023 e acredita que possa surgir novas vítimas. "Há relatos chocantes e muitas vítimas passaram mal durante depoimentos. Por isso, ouvimos as vítimas com cautela e no tempo delas. Há um procedimento específico nesse sentido", explicou.

Pelos relatos, a forma de agir do acusado foi uniforme nos contatos com as pacientes que passavam pelo consultório dele. "Durante a consulta, o médico fazia menções de cunho sexual, fora do contexto e já deixa as vítimas constrangidas. Muitas delas, ao final da consulta, relataram um abraço "mais forte e acalorado" do médico, tentativa de beijos e até beijos na boca", afirmou a delegada. Nenhuma paciente retornou ao consultório após a primeira consulta.

O prazo para conclusão do inquérito na DDM é de 30 dias, mas pode ser prorrogado, caso necessário. Eventuais vítimas do médico podem procurar pessoalmente a Delegacia da Mulher. "Terão o acolhimento necessário", disse o delegada.

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