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Adilson de Lucca

Dilemas e indefinições de vices geram expectativas sobre candidatos a prefeito em Marília


Vinicius Camarinha, Garcia da Hadassa, Ricardinho Mustafá e Flávio Rino

A pergunta mais corrente nos bastidores políticos em Marília, atualmente, é quem ocupará vagas de vice nas chapas dos prefeitáveis. A fase é de negociações políticas e partidárias.

A escolha de vice, em síntese, passa por dois principais fatores: tem votos ou tem dinheiro. Neste último caso, entra em cena o chamado Fundão Eleitoral (cota de verbas públicas destinadas aos partidos políticos).

O prazo para definição do(a) vice é até a convenção partidária (onde os membros dos partidos políticos se reúnem para escolher os candidatos que serão lançados e/ou apoiados pelo partido na eleição seguinte). Este ano, as convenções devem ser realizadas entre os dias 25 de julho e 5 de agosto.

            Daniel Alonso com Cícero do Ceasa na convenção do PSDB, em 2020

COMPORTAMENTO E ROLOS DO CÍCERO DO CEASA

Eles assumem fazendo juras de amor aos prefeitos, dizem que estão à disposição para colaborar, que desejam somar, entre outros chamegos. Mas, na verdade, o que os vice-prefeitos querem é ocupar a cadeira do titular.

O fato de ser o número dois da prefeitura não significa necessariamente que o vice seja o sucessor natural do chefe do Executivo na eleição seguinte. É o caso do atual vice-prefeito, Cícero do Ceasa (PL).

O prefeito Daniel Alonso não deu tanto azar com o "ex-petista". O vice-prefeito na primeira gestão de Alonso (2017/2020), Tato Ambrósio, se rebelou. Estimulado pelo então presidente da Câmara, vereador Wilson Damasceno, Tato rompeu com Alonso e virou franco atirador contra o prefeito.

A escolha de Cícero do Ceasa como vice, em 2016, se deu por conta dele (ferrenho petista) ter pulado para o barco do PL e sob a expectativa que ele "não daria trabalho". Essa expectativa quase virou pesadelo quando ele assumiu a cadeira do Executivo em função da licença de Daniel para uma cirurgia vascular, em setembro do ano passado.

Logo após tomar as rédeas do gabinete, Cícero se reuniu com o principal algoz da atual gestão, vereador Eduardo Nascimento e recebeu no gabinete a turma do Sindicato dos Servidores Municipais (que sempre esteve em pé de guerra com Alonso).

Resultado: este ano, Daniel Alonso viajou na surdina para Portugal e tirou licença de 14 dias, não permitindo que Cícero voltasse a sentar na cobiçada cadeira do Executivo.

Nesta pré-campanha eleitoral, Cícero arriscou algumas ações se portando como pré-candidato à sucessão de Alonso. Após trombadas com o também pretendente ao cargo, dr. Alysson, recuou e "derreteu". Tentará uma vaga na Câmara, novamente.

O PAPEL DO VICE-PREFEITO

Pode exercer função na administração municipal, tipo assumir alguma secretaria. De acordo com a Lei Orgânica do Município, o vice-prefeito não poderá recusar-se a substituir o prefeito, sob pena de extinção do mandato. Além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o prefeito, sempre que por ele for convocado para missões especiais. O salário atual de vice-prefeito é de cerca de R$ 18 mil.

EXPECTATIVAS

VINICIUS CAMARINHA (PSDB) - Após muita expectativa sobre o nome da ex-superintendente do HC/FAMEMA, Paloma Libanio, na vaga de vice, essa possibilidade esfriou. A partir daí, entraram em cena o ex-vereador Silvio Harada (PSD) e o vereador Rogerinho (PP). Está mais para Rogerinho. OBS: em 2016 (quando concorria à reeleição), Vinícius anunciou seu candidato a vice, Élio Ajeka, apenas na véspera da convenção.

Em 2012, ele teve Serjão da Acim como vice. O "Figuraça" nunca sentou na cadeira de prefeito. Na campanha de 2008 (quando perdeu para o reeleito Mário Bulgareli), Vinicius teve como vice em sua chapa o então vereador Zé Menezes, que era algoz dos Camarinhas. Reza a lenda que Abelardo "negociou" a vaga com Menezes.

Vinicius com o candidato a vice, Zé Menezes, na campanha à Prefeitura de Marília

 em 2008: derrotados por Mário Bulgareli e Toffoli

Vinicius com o candidato a vice, Serjão da Acim, na campanha à Prefeitura de Marília

em 2012: vitória nas urnas

Com o candidato a vice, Élio Ajeka, na campanha à reeleição em 2016: derrota para Daniel Alonso/Tato

GARCIA DA HADASSA (NOVO) - Flertou com a delegada Rossana Camacho (atual PSD) e articulou a vaga com o vice-diretor da Codemar, Sandro Espadoto (MOBILIZA). Agora, deve ter uma mulher como vice.

EDUARDO NASCIMENTO (REPUBLICANOS) - Ainda não sinalizou sobre a vaga de vice.

RICARDINHO MUSTAFÁ (PL) - O grupo dele busca um vice na inciativa privada, de preferência.

JOÃO PINHEIRO (PRTB) - Anunciou que pretende ter uma mulher como vice em sua chapa.

FLÁVIO RINO (Federação PV, PT e PcdoB) - A vaga de vice deve ser preenchida por integrante de um desses partidos de esquerda.

Quanto aos demais pré-candidatos a prefeito, também sem definições.

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