O empresário Hederaldo Benetti reassumiu a presidência do Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente de Marília (Cacam). Na próxima segunda-feira haverá uma reunião com toda a diretoria na entidade para definir o planejamento de trabalho para este ano.
Benetti retorna ao comando o Cacam dez meses após um conturbado processo de intervenção na entidade decretado pelo ex-prefeito Daniel Alonso.
Processo Administrativo aberto pela Prefeitura em maio do ano passado foi arquivado este mês pela Corregedoria-Geral do Município, após constatação de denúncias sem fundamento de supostas irregularidades junto a menores acolhidos pela entidade.
"Considerando que a Comissão, com base nas provas produzidas sob o crivo do contraditório, concluiu que não há elementos suficientes para embasar uma condenação em desfavor da entidade acusada, opinando pela sua ABSOLVIÇÃO, visto que as provas não sustentam as acusações imputadas, sugerindo, consequentemente, o arquivamento do presente expediente", cita a publicação.
Também acrescenta que "além disso, a Comissão recomendou a abertura de
procedimento de investigação preliminar para apurar os fatos denunciados por algumas das testemunhas ouvidas no decorrer deste processo". Não há especificação sobre testemunhas de acusação ou defesa.
O CACAM, criado em 1992 pelo Rotary Club Marília Leste, tem atualmente 27 funcionários contratados pela entidade e alguns profissionais graduados cedidos pela Prefeitura, como assistente social e psicóloga.
RESGATE
O retorno de Hederaldo Benetti e demais diretores ao Cacam resgata a credibilidade na gestão da entidade e encaminha apoio de patrocinadores, colaboradores e voluntários da entidade.
"Não tinha irregularidade nenhuma na entidade. Estávamos atendendo 42 crianças enquanto a estrutura da entidade era para atendimento a 20 crianças. Nós mesmos relatamos a situação ao Ministério Público", disse Benetti.
Ele afirmou que a sindicância aberta pela Corregedoria-Geral do Município protelou no final do ano passado depoimentos de pessoas arroladas pela defesa da diretoria afastada.
"Impediram de forma proposital depoimentos de várias pessoas indicadas por nós, inclusive do então prefeito Daniel Alonso, do secretário da Administração, Cássio Luiz Pinto Júnior e de parceiros da entidade. Conseguiram com isso o que queriam, que era jogar o processo administrativo para a atual gestão".
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