A diretora-proprietária das Rádios Clube AM e Itaipu FM, Luciana Ferreira, negou a versão publicada pelo JORNAL DO POVO, sobre "um atentado de natureza política, em função da linha editorial das rádios", após um corte de fiações elétricas nos equipamentos de transmissão das emissoras, localizadas na Rua Carlos Artêncio, zona sul de Marília. O ataque ocorreu no início da madrugada de segunda-feira (3) e deixou as emissoras fora do ar.
Ela disse que "simplesmente cortaram um fio, jamais a diretoria das rádios falou que foi um atentado político... Não mexo com política, odeio político. Outra coisa, vou deixar bem claro aqui mais uma vez: político lá fora e eu aqui dentro. Então não se metam comigo!", afirmou. Câmeras de monitoramento flagraram a ação.
No Programa "Fala Cidade", desta terça-feira, o apresentador Amarildo de Oliveira considerou o ataque "covarde, para intimar o trabalho das emissoras". Diversos ouvintes enviaram mensagens via Whatsapp de solidariedade e apoio às emissoras.
ARRENDAMENTO E MUITO ROLO
As emissoras foram arrendadas por R$ 300 mil por ano, em 2017, para a atual deputada estadual Daniela Alonso, filha do prefeito Daniel Alonso. Na época, o jornalismo das emissoras fazia forte oposição ao prefeito. O negócio virou um grande rolo e demandas judiciais por desacertos entre as partes.
A Justiça Federal apontou irregularidades no arrendamento. O juiz Luiz Antonio Ribeiro Martins, da 2ª Vara do Fórum Federal em Marília, multou as emissoras em 50 salários mínimos.
As Rádios foram lacradas e ficaram suspensas por 90 dias. O Ministério Público Federal chegou a pedir a cassação da concessão das emissoras.
Prefeito Daniel Alonso fala nos microfones das Rádios Clube e Itaipu, arrendadas
pela filha dele, Daniela, em 2017
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