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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Dupla envolvida em roubos com moto e tráfico de drogas é condenada a mais de 27 anos de cadeia


Drogas, celulares apetrechos e revólver apreendidos na ação da Força Tática da PM

Em duas sentenças, a juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília, condenou Rogério Henrique Xavier e Maurício Fernando Reis do Carmo, por crimes de roubo e tráfico de drogas.

Na primeira ação, por três roubos, os dois foram condenados a 16 anos, 1 mês e 16 dias de reclusão no regime fechado. Na segunda ação, por tráfico de drogas, Rogério e Maurício foram condenados a 7 anos de reclusão.

Somadas as penas, cada um deve cumprir pouco mais de 27 a nos de reclusão. Cabem recursos às decisões.

ROUBOS

Conforme os autos, no dia 1º de junho de 2021, por volta das 20h, na Avenida João Martins Coelho, Bairro Jardim Santa Antonieta II, Zona Norte de Marília, os acusados roubaram, sob ameaça com revólver contra a vítima N.P.D.J, uma garrafa de uisque e aproximadamente R$ 500,00, pertencentes ao estabelecimento “Ferreiras Beer”.

No mesmo dia, cerca de 10 minutos depois, na Rua Urias Avelino de Moraes, Bairro Jardim Adolpho Bim, a dupla, também ameaçando a vítima J.D..S.L, roubou R$ 300 pertencentes ao estabelecimento “Padaria Cristal”.

Já no dia 3 de junho de 2021, por volta das 21h45, na Avenida Ermelinda Clarice Sanches Casarin, os denunciados atacaram o frentista C.C.L e sob ameaça com revólver roubaram um aparelho de telefone celular, avaliado em R$ 900,00 e R$ 197, pertencentes ao estabelecimento “Autoposto Matsubara”.

AS AÇÕES

Na padaria, Rogério entrou como um cliente, anunciando o assalto quando a funcionária deixou o freezer e se dirigiu ao caixa, exibindo uma arma de fogo e exigindo a entrega do dinheiro do caixa, bem como que não ficasse olhando para ele. Havia um indivíduo aguardando Rogério do lado de fora e quando ele montou na motocicleta, ambos se evadiram.

Na loja de bebidas, ingressou e se dirigiu a um cômodo de acesso restrito a funcionários, motivo pelo qual foi até ele e o advertiu de que ali não era permitido entrar, ao que o indivíduo lhe respondeu que já pegara o que queria, tratando-se de uma garrafa de whisky. Em seguida, foi ao caixa, levantou a camisa, mostrou a arma de fogo que levava na cintura e exigiu de Nelson a entrega do dinheiro do caixa. Havia outro rapaz em uma motocicleta, aguardando o acusado do outro lado da rua, o qual pôde ver pelas imagens captadas pelo circuito de câmeras de segurança.

No roubo ocorrido no “Auto Posto Matsubara”, Rogério chegou a pé, exibiu o revólver e exigiu a entrega de dinheiro e um aparelho celular.

PRISÕES

No dia 5 de junho,, policias militares da Força Tática da PM prenderam os acusados em flagrante por tráfico de drogas na Zona Oeste de Marília . Eles, segundo os policiais, negaram os roubos, mas ao verem as imagens de câmeras, confessaram os crimes.

Maurício usava uma bota ortopédica e Rogério empunhava a arma com mão esquerda. Foram reconhecidos pelas vítimas e câmeras de segurança.

Em juízo, o policial militar Odirlei Venceslau de Souza narrou que estavam em patrulhamento pela zona oeste da cidade quando receberam informação de que autores de três roubos ocorridos naquela área se reuniriam na casa situada na Rua Amador Bueno. Dirigiram-se ao local indicado, onde foram atendidos por uma mulher, que lhes informou que estava sozinha no imóvel e aguardava a chegada Rogério, morador da casa.

Pouco tempo depois, Rogério chegou ao local e, realizada abordagem, nada de ilícito estava em seu poder. Após algum tempo de conversa, admitiu a prática dos roubos, indicando que os teria praticado na companhia de Maurício, que chegaria em breve. Maurício chegou posteriormente pilotando uma uma motocicleta Honda Fan, vermelha, sem placa, levando, na garupa, Jéssica Oliveira, filha de Rogério.

Notando a presença policial, ele, que usava uma bota ortopédica, tentou se evadir, acelerando a motocicleta, porém acabou detido. Em busca pessoal, localizaram com Maurício um revólver calibre 32, municiado com 5 cartuchos intactos.

Na posse de Jéssica (que foi condenada a cinco anos de reclusão em regime fechado, na mesma ação), dentro da bolsa que carregava, encontraram um aparelho celular e entorpecentes. No interior da residência de Rogério, dentro de seu guarda-roupas, também localizaram drogas, uma balança de precisão e uma faca; no quintal, havia uma panela de pressão contendo em seu interior vários documentos parcialmente queimados, possivelmente produto dos roubos praticados. Admitiram a prática dos delitos, afirmando que, de fato, estavam nas imagens captadas nos circuitos internos de segurança e não tinham como desmentir, inclusive indicando a motocicleta de cor preta como sendo a utilizada nos delitos, a qual estava nos fundos da casa de Maurício.

DEFESAS

O acusado Rogério, na fase policial, reservou-se ao direito de permanecer em silêncio. Em seu interrogatório judicial, confessou os três roubos.

Disse que estava numa festa, bêbado, é usuário de drogas e, na companhia de um amigo praticaram os roubos. Utilizou arma de brinquedo.

Frisou que não era Maurício que estava consigo. Informou ter 41 anos, consome drogas desde os 13 anos de idade. Começou com maconha, depois passou para o crack. Estava há 4 meses na rua, não conseguia emprego, por isso voltou a usar drogas e cometer crimes para angariar dinheiro para sustentar o vício.

A casa em que residia era de seu irmão, que o deixou ficar lá por poucos dias. Estava usando crack quando cometeu os delitos. Desde que preso, não consumiu mais. A motocicleta utilizada no crime foi apresentada por amigo, desconhecendo a procedência. Afirmou conhecer Maurício há muito tempo, porém não tinham amizade e ficaram mais próximos quando ele começou a namorar sua filha.

Na data da prisão em flagrante pelo tráfico, saiu para comprar uma garrafa de cachaça ou cerveja (não se lembra) e, ao retornar, havia mais de 20 policiais dentro da sua casa. Tinha feito muito uso de droga no dia do flagrante, porém estava lúcido. Pontuou que os policiais os trataram com violência e que, em nenhum momento, admitiu a prática dos crimes a eles.

O acusado Maurício, na fase investigatória, reservou-se ao direito de permanecer em silêncio. Em seu interrogatório judicial, negou a prática dos delitos. Justificou que está sendo injustamente incriminado pelos policiais militares, com os quais têm inimizade, narrando que quando foi preso por crime envolvendo violência doméstica, foram os mesmos policiais que o prenderam em flagrante e prometeram prejudicá-lo.

Salientou que não estava armado e apenas passou na casa de Rogério para pegar uma blusa para Jéssica (filha do corréu), a qual namora.

Pontuou que as diligências na casa de Rogério perduraram por cerca de 5 horas e, quando lá chegou, havia cerca de 10 policiais dentro do imóvel, Ainda, asseverou que os capacetes que ele e a namorada Jéssica usavam não foram reconhecidos pelas vítimas. Assentiu que usava bota ortopédica no dia em que realizada sua prisão em flagrante, porém afirmou que muitas pessoas fazem uso do artefato.

Ponderou que soube, já na penitenciária, que um conhecido foi liberado pelos policiais após apresentar a eles uma arma de fogo, a qual imputaram falsamente como sendo sua, solicitando que seja realizada perícia a fim de verificar que ele jamais tocou no objeto. Quanto à moto apreendida, pontuou pertencer à sua irmã, dizendo que há muitas motos parecidas.






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