Dois rapazes acusados de roubo violento em uma casa na zona oeste de Marília foram condenados a 6 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado. A decisão é do juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso. Os acusados seguem presos.
A dupla, que agiu com arma longa e capuzes, foi presa após o roubo. Uma das vítimas desmaiou ao ser abordada pelos assaltantes sob o grito de "perdeu" e com a arma apontada para ela. Eles fugiram levando bolsas e dois celulares.
O CASO
Conforme os autos, Breno Gomes dos Santos e João Vitor da Silva, foram denunciados como incursos nas sanções do 157, porque no dia 30 de agosto de 2022, por volta das 19h, na Rua Algi Gômide Cata Preta, Jardim Riviera, zona oeste de Marília, mediante grave ameaça com arma, roubaram dois aparelhos celulares da marca “Samsung”, modelo “A2”, avaliados, cada um em R$ 1.000,00, pertencentes à duas moradoras do local, uma de 25 e outras de 52 anos.
Após o o roubo, os acusados fugiram em um veículo VW Gol no sentido a Oriente.
Policiais militares iniciaram um patrulhamento e avistaram o referido veículo estacionado em uma rua em Oriente, sendo que dois indivíduos que estavam escondidos atrás do veículo fugiram, assim que avistaram a viatura. No veículo, encontraram um comprovante de abastecimento em um posto, em nome do réu Breno e os dois celulares que haviam sido subtraídos.
As vítimas declararam que na data dos fatos, quando estavam chegando de carro em casa, por volta das 19hs, viram em um cruzamento um veículo VW/GOL, diferenciado, azul metálico e com as rodas pretas.
Quando elas estacionaram na frente de sua residência, esse carro pareou e do banco de trás desceu um homem encapuzado, portando uma arma longa, dizendo “perdeu”.
Mais alguns ocupantes desceram do veículo, todos com máscaras no rosto. Elas abriram o portão e os indivíduos mandaram elas entrarem na casa. Ainda na garagem uma das vítimas, muito nervosa, começou a passar mal e desmaiou. A outra vítima lhe amparou e pediu para os assaltantes para chamar o socorro médico.
Eles se assustaram e decidiram ir embora, levando apenas as bolsas das vítimas, contendo as suas carteiras, documentos pessoais e aparelhos celulares.
A testemunha S. declarou que trabalha com compra e venda de veículos. Certa data recebeu uma ligação no final da tarde perguntando se ele tinha algum veículo para vender. Ele foi até sua garagem e apresentou para um grupo de rapazes os veículos que tinha. Eles se interessaram por um veículo VW/GOL, cor azul metálica e com as rodas pretas. Após certa negociação, eles lhe pagaram o valor de R$ 1.900,00 por meio de um pix. A testemunha reconheceu o réu João Vitor como uma das pessoas que adquiriu o veículo.
A testemunha Sidinei Ramos Lopes, policial civil, declarou que tomaram conhecimento do roubo, pelas vítimas. O referido veículo foi encontrado pela Polícia Militar em Oriente e, dentro dele, havia cópia de um comprovante de pagamento em um posto de combustível próximo à casa das vítimas.
No posto descobriram que, um pouco antes do roubo, alguns indivíduos chegaram em um veículo VW/Gol, cor azul metálica. Eles abriram apenas um pouco do vidro e pediram R$ 40,00 em combustível, pagando metade via pix e metade por cartão.
Ainda no posto, funcionários disseram ter visto, depois, o mesmo veículo seguindo em direção da rodovia, em alta velocidade, no sentido de Oriente. O pix utilizado como pagamento do combustível foi enviado pelo réu Breno.
DEFESA
Questionado sobre os fatos, Breno negou a prática do delito, dizendo que na data dos fatos estava trabalhando em uma empresa. Porém, ele foi desmentido pelo sogro, que afirmou que ele havia sido desligado da empresa antes dos fatos. Ao conversarem com o anterior proprietário do veículo, este afirmou que havia vendido o carro para alguns rapazes, que pagaram por meio de um pix, também em nome do réu Breno.
Durante as investigações, o réu João Vitor tornou-se suspeito, por também ser investigado por outros roubos em Quintana, utilizando uma arma longa. Inclusive, ele ostentava em redes sociais foto com a referida arma. Por fim, foi encontrada uma impressão digital dele no veículo VW/Gol, cor azul metálica, encontrado pela Polícia Militar em Oriente.
O réu João Vitor negou a prática do delito. Declarou que no momento do roubo estava em Herculândia, trabalhando. Conhece o réu Breno e já andou com ele no seu carro.
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