"O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus", disse o presidente Lula, neste domingo (18), no Egito.
A comparação de Israel com o holocausto (genocídio de mais de 6 milhões de judeus indefesos e inocentes, entre idosos, adultos, jovens e crianças, na segunda guerra mundial) provocou reações imediatas e repúdio da comunidade israelense e países aliados.
GRUPO HADASSA
O empresário Jean Garcia Patrick Baleche, CEO do Grupo Hadassa (holding que faz a gestão de 37 marcas) com sede em Marília.
"Apesar do orgulho em ser um grupo empresarial brasileiro, a holding Hadassa, sediada em Marília-SP, repudia a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)", citou nota da assessoria de comunicação do Grupo.
"Lula é o presidente que gosta de estar do lado de bandidos... defendendo organizações terroristas e tudo o que há de ruim na sociedade. Lula, você precisa urgentemente de um psiquiatra, está revelando a podridão do seu caráter", afirmou Garcia em live nas redes sociais, neste domingo. O empresário manifestou sua solidariedade aos judeus e cristãos.
VERGONHA PARA O BRASIL
"Assim como a Conib (Confederação Israelita do Brasil), consideramos a fala de Lula uma vergonha para o nosso país e uma distorção da realidade, banalizando o genocídio de seis milhões de judeus", frisou o CEO do Grupo Hadassa, Jean Patrick Garcia Baleche.
A fala de Lula foi feita durante uma entrevista na Etiópia neste fim de semana, onde participou de uma reunião da cúpula da União Africana. Israel convoca o embaixador brasileiro para prestar explicações.
O empresário Garcia tem relações diretas com Israel, país e povo que admira e no qual se inspira por sua história, fé e avanços constantes
TERRORISTAS DO HAMAS AGRADECEM LULA
O grupo terrorista Hamas agradeceu ao presidente Lula pelo fato dele comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto cometido pelos nazistas. O agradecimento foi postado em canais do Hamas em uma rede social. “Nós, no Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), apreciamos a declaração feita pelo Presidente brasileiro Lula da Silva, que descreveu aquilo a que o nosso povo palestino na Faixa de Gaza está sujeito como um Holocausto, e que as ações dos sionistas hoje em Gaza são o mesmo que o nazista Hitler fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial", publicou o grupo.
REPERCUSSÃO
O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi às redes sociais para dizer que condena veementemente a declaração em que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compara a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Herzog disse que há uma “distorção imoral da história" e apela “a todos os líderes mundiais para que se juntem a mim na condenação inequívoca de tais ações”. Antes, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia se manifestado, dizendo que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda.
Entidades e organizações também criticaram a declaração de Lula. A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou a fala. A instituição classificou neste domingo (18) a afirmação como "distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes".
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