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Envolvidos em fraudes de milhões no Detran na região têm prisão preventiva decretada

Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA J. POVO- MARÍLIA

A Justiça acatou pedido da Polícia Civil de Bauru e converteu a prisão temporária em preventiva dos cinco investigados por aplicar fraudes no Departamento de Trânsito (Detran) de São Paulo.

Na semana passada, durante a Operação Gravame, os suspeitos foram presos na capital paulista acusados de lucrar pelo menos R$ 2,4 milhões em operações ilegais, como facilitação de desbloqueio de veículos e de expedição indevida de carteiras de habilitação. Entre os presos estão um diretor técnico do Detran, um policial militar e três despachantes. Dos detidos, três entraram com pedidos de habeas corpus, mas a Justiça negou. A investigação começou após uma funcionária do Detran de Bauru procurar a polícia por não reconhecer procedimentos realizados com sua senha durante o período de férias. Nessa primeira fase da operação foram apreendidos quase R$ 650 mil, 57 relógios de luxo, documentos, computadores do Detran, armas e até cola quente usada para clonar digitais de alunos de cursos para formação de condutores. Nesta quinta-feira (29) equipe da Polícia Civil de Bauru está na capital paulista ouvir os depoimentos dos suspeitos. A operação Durate a operação, a Polícia Civil de Bauru apreendeu um cheque de meio milhão de reais e R$ 142 mil em dinheiro na casa do diretor do Detran de São Paulo (SP). O valor não é compatível com o salário dele, de R$ 7 mil. A apreensão é um desdobramento da operação que investiga fraudes em multas e emissão da carteira de motorista praticadas por suspeitos. Os investigados foram presos no dia 21 de setembro na capital paulista. Com o andamento das investigações, a equipe de policiais descartou, inicialmente, a participação física de pessoas do Detran de Bauru. Os investigadores descobriram que o sistema foi invadido por um programa malicioso externo que permitia a alteração de dados. A operação investiga a denúncia de uma funcionária de Bauru que, ao voltar de férias, percebeu as ações, como tirar multas e dívidas do sistema e emissão de CNH, feitas usando as senhas dela. De acordo com o delegado Glaucio Stocco, entre abril e agosto deste ano, foram 1,1 mil ações suspeitas no sistema. Segundo a polícia, o grupo cobrava entre R$ 800 e R$ 7 mil para obter vantagens ilícitas no Detran. Além do dinheiro apreendido na casa do diretor do Detran, foram encontrados R$ 30 mil em dinheiro na casa de um dos despachantes presos. Dedos de silicone, que podem ter sido usados para simular presença em cursos de direção, também foram apreendidos. O Detran informou, em nota, que forneceu as informações iniciais e está colaborando com as investigações da operação. "Os servidores serão preventivamente afastados e os procedimentos de apuração seguirão os trâmites legais. O Detran esclarece ainda que em 2022 realizou 2.300 fiscalizações e 12 operações conjuntas com as forças de segurança do estado para combater ocorrências de delitos, fraudes e corrupção", diz a nota.

 
 
 

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