A Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Marília (vinculada ao H.C/Famema), participou da captação de pulmões, rins, fígado, córneas e coração de um jovem de 18 anos, vítima de morte cerebral na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente.
O procedimento comandado também por equipes do Instituto do Coração (Incor Sp), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital de Base de São José do Rio Preto, além da própria Santa Casa, foi realizado na noite da quarta-feira (1º). Os órgãos foram doados a pacientes que estavam na fila aguardando por um transplante.
“Essa doação só foi possível graças ao gesto nobre da família que optou pela doação mesmo em um momento tão difícil”, enfatizou o hospital.
"DOADOR DE VIDAS"
O médico cardiologista José dos Reis Gomes Neto, ressaltou que a doação de órgãos prolonga a vida de pessoas que estavam condenadas a vidas mais curtas devido à falta ou ao mau funcionamento do órgão.
“É você dar chance a uma pessoa que está numa fila de doação, que não tem uma perspectiva de vida muito longa ou que tem uma qualidade de vida muito ruim, porque o órgão que ela tem não está funcionando direito. É você dar a ela a chance de uma sobrevida melhor, para que ela possa aproveitar momentos que não seriam possíveis sem a doação”, argumentou.
Uma única doação pode salvar até oito vidas, por isso, segundo o especialista, é necessário conversar com a família ou com pessoas mais próximas sobre o desejo de ser doador.
“Muitas vezes, o familiar se encontra nessa situação de morte encefálica e, como nunca conversaram sobre esse assunto, tem um tabu muito grande em relação à doação de órgãos. A partir do momento em que é aberto o diálogo, muitos estigmas são quebrados, e, na hora da abordagem médica, a aceitação é maior”, enfatizou. "O protocolo médico para a captação de órgãos é totalmente rígido e seguro", completou.
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